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Índia é morta a tiros em conflito violento entre indígenas e fazendeiros no sul da Bahia

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Na tarde de domingo (21), a indígena Nega Pataxó, irmã do cacique Nailton Muniz Pataxó, do povo Hã-hã-hãe, foi morta a tiros em um conflito entre indígenas, policiais militares e fazendeiros no território Caramuru, município de Potiraguá, no sul da Bahia.

Ainda de acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), além de Nega Pataxó, o cacique Nailton Muniz Pataxó e outra liderança indígena foram baleados.

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A indígena que morreu foi identificada como Maria Fátima Muniz de Andrade, de 45 anos, e o cacique baleado como Nailton Muniz Pataxó, de 40 anos. Ele foi atingido no rim e passou por cirurgia no Hospital Cristo Redentor, em Itapetinga.

Entre os feridos está uma mulher que teve o braço quebrado. Outras pessoas que se machucaram foram hospitalizadas, mas não correm risco de morte.

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De acordo com a Apib, a retomada de uma fazenda por parte dos indígenas como parte do território Caramuru começou na madrugada de sábado (20). Após mobilização de ruralistas da região por meio de um aplicativo de mensagens, que convocava fazendeiros e comerciantes retomar a fazenda com as próprias mãos, os indígenas teriam sido cercados.

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que a situação aconteceu durante a ação de um grupo intitulado Movimento Invasão Zero.

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Segundo o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), a situação aconteceu por causa de disputa de terras entre indígenas e fazendeiros.

Cerca de 200 ruralistas da região se organizaram através de um aplicativo de mensagens e convocaram os fazendeiros e comerciantes para recuperar por meios próprios, sem decisão judicial, a posse da Fazenda Inhuma, ocupada por indígenas no último sábado (20). Eles teriam cercado a área com dezenas de veículos.

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Além dos fazendeiros que foram detidos, um indígena que portava uma arma artesanal também foi preso. Segundo a Polícia Militar, um ruralista foi ferido com uma flechada no braço, mas está estável.

O Ministério dos Povos Indígenas informou que vai enviar uma comissão, liderada pela ministra Sonia Guajajara, ao local na segunda-feira (22).

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