Após se tornar réu em 2023 em um caso relacionado a alegações de violência contra sua ex-mulher, o deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), também conhecido como Delegado da Cunha, enfrenta uma nova acusação na Justiça de São Paulo. Ele é acusado de abuso de autoridade e constrangimento ilegal durante uma operação policial em seu papel como delegado.
Da Cunha, de 46 anos, foi eleito por São Paulo em 2022 com mais de 180 mil votos e ganhou notoriedade na internet por compartilhar vídeos de operações policiais.
Durante uma operação em uma comunidade da zona leste de São Paulo em julho de 2020, ele é acusado de abusar de sua autoridade como delegado e constranger tanto a vítima de um sequestro quanto o criminoso responsável pelo cativeiro. O Ministério Público de São Paulo está investigando a possibilidade de Da Cunha ter simulado o flagrante do resgate do cativeiro.
O processo contra Da Cunha está sob sigilo na Justiça paulista, e a notícia de sua acusação veio à tona em março. Ele se tornou réu em fevereiro deste ano, com a acusação sendo feita pelo promotor Adolfo Sakamoto Lopes.
O deputado também enfrenta acusações anteriores. Em outubro do ano passado, ele se tornou réu em um caso de violência contra sua ex-mulher, Betina Grusiecki. De acordo com o Ministério Público, ele é acusado de ameaçar, agredir e causar danos materiais a Betina. Ele está respondendo ao processo em liberdade.
O último incidente de agressão ocorreu em outubro do ano passado, quando, segundo Betina, ocorreu uma discussão no apartamento onde moravam em Santos, litoral paulista. Um vídeo divulgado mostra Da Cunha insultando Betina e fazendo ameaças violentas.
Betina relata que, após o incidente, ela se mudou para a casa de seu pai. A Justiça concedeu medidas protetivas a Betina e aos pais dela e ordenou que Da Cunha entregasse suas armas.
O ex-casal se conheceu em 2020, morou junto por três anos, mas não teve filhos. Betina relatou à Justiça episódios de agressão verbal e física ao longo do relacionamento.