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Prisão de suposto espião russo em Brasília causa preocupação diplomática

Um indivíduo identificado como Serguei Cherkasov encontra-se detido em uma penitenciária federal em Brasília, Brasil, após ser preso e condenado por uso de documento falso no país. Além disso, está sob investigação da Polícia Federal por suspeitas de envolvimento em atividades como espionagem, lavagem de dinheiro e corrupção, o que tem gerado interesse por parte do governo russo.

O Alto Comissariado dos Direitos Humanos da Rússia solicitou à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão uma visita a Cherkasov na penitenciária, supostamente para avaliar suas condições de detenção. A solicitação foi feita pela comissária russa dos direitos humanos, Tatiana Moskalkova, após alegações de familiares e amigos de Cherkasov sobre a falta de contato com ele.

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O pedido foi atendido pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, que enviou o procurador Carlos Alberto Vilhena para conversar com Cherkasov na penitenciária em 29 de fevereiro. Durante a visita, que durou cerca de três horas, Cherkasov expressou diversas queixas sobre suas condições na prisão. Segundo o relatório de Vilhena, Cherkasov pareceu mais disposto a conversar depois de ler uma mensagem em russo enviada pela comissária russa dos direitos humanos.

A prisão de Cherkasov em abril de 2022 ocorreu após autoridades holandesas descobrirem um plano para infiltrá-lo na Corte Penal Internacional de Haia, na Holanda, usando uma identidade brasileira falsa. Ele foi identificado como Viktor Muller Ferreira, nascido em Niterói, no Rio de Janeiro.

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Durante a visita, Cherkasov afirmou a Vilhena que solicitou ficar isolado em uma área da penitenciária por questões de segurança pessoal, após um incidente envolvendo um conhecido na prisão. Ele também mencionou sentir-se tratado de forma diferenciada pelos agentes penitenciários, reclamando de restrições em relação a objetos pessoais e correspondências.

Cherkasov relatou receber visitas apenas de representantes do Consulado da Rússia e ter tido poucas reuniões virtuais com seus advogados. Ele também mencionou problemas relacionados à alimentação e à saúde, incluindo alegações de receber comida estragada e falta de tratamento médico adequado.

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Após a visita, Vilhena solicitou à diretora da penitenciária que fossem esclarecidos os direitos de Cherkasov na prisão. A extradição de Cherkasov é objeto de análise pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, tendo recebido pedidos tanto da Rússia quanto dos Estados Unidos.

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