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O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou nesta segunda-feira (1º) que há possibilidade de os contratos de distribuição de energia elétrica da Enel não serem prorrogados. Esta declaração sucedeu uma reunião com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os Ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil), onde foram discutidos os serviços prestados pela empresa e o preço da tarifa de energia no Brasil.
Silveira expressou sua preocupação em relação aos contratos, especificamente mencionando o contrato do estado do Rio de Janeiro, com vencimento em dezembro de 2026, e o de São Paulo, que expira em junho de 2028. Ele ressaltou que a possível não renovação dos contratos está relacionada à apuração de possíveis descumprimentos por parte da Enel em relação aos padrões mínimos de qualidade, especialmente no Rio de Janeiro, cujo contrato expira durante a atual gestão ministerial.
O governo está considerando aprimorar as exigências regulatórias para os próximos contratos de concessão de distribuição de energia.
Silveira ordenou a abertura de um processo disciplinar contra a Enel devido aos apagões ocorridos em São Paulo, alegando que a empresa não pagou as multas recebidas por esses problemas. O valor das multas é estimado em cerca de R$ 300 milhões. A abertura do processo disciplinar poderá resultar na suspensão da concessão de energia pela empresa, que tem um prazo de menos de um mês para responder ao ministério sobre esta medida.
O ministro de Minas e Energia tem argumentado que a Enel não está preparada para prestar serviços adequados aos brasileiros. A eventual caducidade dos contratos da Enel poderia levar o ministério a considerar uma nova licitação ou até mesmo a reestatização do serviço de distribuição de energia em São Paulo.
Em resposta, a Enel afirmou em comunicado seu compromisso em fornecer serviços de qualidade à população em todas as áreas em que atua e que continuará investindo para garantir isso.
Na reunião desta segunda-feira (1º), também foi discutida a redução das tarifas de energia pagas pelos brasileiros. Silveira propôs algumas soluções ao Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vão desde o uso de leilões da estatal PPSA (Pré-Sal Petróleo) até o adiantamento de recursos da Eletrobras. O ministro ressaltou que o assunto não é simples e que há várias propostas em análise. Destacou ainda que Haddad demonstrou disposição em participar das discussões para buscar uma solução.
Silveira também abordou a questão dos subsídios que estão sendo incorporados à conta de energia no Brasil, afetando os consumidores regulados. Em relação à Eletrobras, o ministro defendeu que a empresa não precisa concordar com os adiantamentos de recursos, pois estes são provenientes dos brasileiros e foram comprometidos durante a capitalização da Eletrobras. Uma medida provisória para permitir tais adiantamentos deve ser publicada nos próximos dias.