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O livro “O Avesso da Pele” foi recentemente reintegrado ao currículo escolar nas escolas do Paraná e de Goiás, conforme anunciado pela Companhia das Letras, editora responsável pela obra, em suas redes sociais. Essa decisão marca o fim de um período no qual o livro foi removido das escolas desses estados, após alegações de linguagem inapropriada e conteúdo considerado inadequado para menores de idade.
No início de março, o governo do estado do Paraná retirou os exemplares das escolas estaduais de ensino médio, citando preocupações com algumas expressões e cenas presentes na obra. De maneira semelhante, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás também determinou o recolhimento do livro devido a preocupações semelhantes com linguagem e conteúdo.
A controvérsia em torno do livro começou quando a diretora de uma escola estadual em Santa Cruz (RS) solicitou ao Ministério da Educação (MEC) o recolhimento dos exemplares distribuídos para alunos do ensino médio, alegando vocabulário inadequado e vulgaridade. A exposição de trechos considerados inapropriados pela diretora gerou debate público sobre a interpretação e contextualização do conteúdo do livro.
Defensores da obra argumentam que os trechos divulgados foram descontextualizados para inflamar a polêmica, enquanto outros expressaram preocupações legítimas sobre o conteúdo e sua adequação ao público estudantil. Após revisões e análises pelas Secretarias Estaduais de Educação, o livro foi considerado apto a retornar às escolas, agora direcionado para o Ensino Médio e Centros de Educação de Jovens e Adultos, compreendendo o acervo das bibliotecas dessas instituições.