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Na madrugada de segunda-feira (8/4), uma agência bancária na cidade de São Pedro, interior de São Paulo, foi alvo de criminosos que utilizaram um carro roubado pertencente a um indivíduo identificado como Carlos Alberto da Cunha, também conhecido como “Delegado Da Cunha”, deputado federal pelo PP.
O veículo em questão havia sido furtado em 27 de março na capital e foi encontrado abandonado em Analândia, também no interior do estado.
Um dos suspeitos detidos colaborou indicando o local onde o carro foi encontrado em Analândia. Além do veículo do deputado, foram localizados materiais utilizados no crime, na mesma área.
Até o momento, duas pessoas foram presas pela Polícia Militar suspeitas de participarem de ataques a banco e roubos de carros-fortes no interior de São Paulo. Um terceiro indivíduo envolvido foi morto em um suposto confronto com a polícia.
De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), um suspeito identificado como Ritchie de Souza Lima, de 40 anos, foi preso em um pedágio na rodovia dos Bandeirantes, na região de Hortolândia. Com ele, foram encontrados dispositivos utilizados pelos criminosos para furar pneus de veículos semelhantes aos materiais encontrados na agência bancária atacada em São Pedro.
Além disso, a investigação conduzida levou à identificação de três endereços associados aos demais membros do grupo criminoso.
Segundo a SSP, ao averiguar um desses endereços em Sumaré, a polícia foi recebida a tiros por dois suspeitos. Em resposta, os agentes reagiram, resultando na morte de um dos suspeitos no local. Com ele, foram encontrados quatro fuzis, uma espingarda, mais de 500 cartuchos e munições, 150 explosivos e três malas contendo roupas e acessórios, como coletes, luvas, balaclavas, kit drone e radiocomunicadores, além de cerca de R$ 110 mil. O segundo suspeito conseguiu fugir.
Ao investigar o segundo endereço, correspondente a uma residência na cidade de Indaiatuba, outro suspeito procurado pela Justiça por ataque a carro-forte se rendeu. Ele foi identificado como Társio Rodrigo da Silva. Na residência, uma motocicleta furtada em agosto do ano anterior em Itu também foi apreendida.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que as forças policiais agiram rapidamente para identificar e prender os envolvidos após o ataque. Derrite ainda assegurou que “ações ultraviolentas do crime organizado não ficarão sem resposta no estado de São Paulo”.
O caso foi registrado como associação criminosa, roubo, localização e apreensão de objeto e veículo, homicídio, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, captura de procurado, receptação e tentativa de homicídio pela 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), do Deinter (Delegacia do Interior).
No que diz respeito ao ataque à agência bancária, os criminosos invadiram uma unidade do Banco do Brasil localizada na Rua Valentim Amaral, em São Pedro. Eles estavam fortemente armados e deixaram artefatos explosivos no local, que foram posteriormente desativados pelo Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar (Gate).
A Polícia Militar foi chamada por volta das 4h da segunda-feira, após veículos bloquearem a rua onde fica a agência bancária. Ao chegarem, os agentes encontraram seis suspeitos no cofre do banco, os quais conseguiram fugir após troca de tiros com a polícia.
Batalhões de cidades próximas e o helicóptero Águia foram mobilizados para auxiliar na busca pelos criminosos. Segundo informações da SSP, não houve feridos durante o confronto.
Em relação aos ataques a carros-fortes, três veículos foram alvo de criminosos no início da noite do mesmo dia, entre os trechos de Cordeirópolis e Piracicaba, no interior de São Paulo. Os ataques foram divididos em dois incidentes e envolveram homens armados e uso de explosivos.
No primeiro caso, dois carros-fortes foram atacados enquanto trafegavam na Rodovia Washington Luís, no sentido capital, no final da tarde. Os criminosos lançaram explosivos contra os veículos, gerando fumaça na pista, e, segundo relatos de testemunhas, estavam armados com fuzis. A quadrilha, composta por cerca de 10 homens, conseguiu fugir do local.
Os carros usados na fuga foram identificados como um Mitsubishi Outlander e um Hyundai Santa Fé, os quais foram vistos no ataque ao banco em São Pedro horas antes.
O terceiro veículo foi abordado no início da noite, na altura do km 143 da Rodovia Luiz de Queiroz, em Piracicaba. Mais uma vez, os criminosos usaram fuzis contra os vigilantes e conseguiram fugir.
A SSP não divulgou se os suspeitos conseguiram levar algo dos carros-fortes. As investigações indicam que ambos os casos têm relação com o ataque à agência bancária em São Pedro.