O Rio Grande do Sul está a poucos passos de ter um aliado de peso no combate às inundações e na prevenção de desastres naturais. O novo radar meteorológico, adquirido pelo governo do estado e que promete mapear as chuvas com maior precisão, já chegou ao Brasil e aguarda apenas trâmites tributários para ser instalado em Montenegro, no Vale do Caí, a 63 km da capital gaúcha.
O radar, importado do exterior, encontra-se no momento no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, São Paulo. A empresa Climatempo, responsável pela entrega do serviço, espera concluir os trâmites burocráticos em breve para que o equipamento possa ser levado ao seu local definitivo.
Uma vez instalado no Morro São João, em Montenegro, o radar permitirá o monitoramento em tempo real de dados meteorológicos da região, incluindo chuvas, ventos e temporais. Essa precisão inédita será fundamental para mapear o volume dos rios, possibilitando ações mais eficazes na prevenção de enchentes.
“Com o novo radar, teremos uma melhor acurácia do volume de chuva que está caindo e poderemos entender quais serão as consequências disso para o aumento do nível dos rios”, explica Cátia Valente, meteorologista da Sala de Situação do estado, em entrevista à RBS TV. “Teremos muito mais informações de forma mais rápida e precisa”, completa.
O anúncio da aquisição do radar foi feito pelo governo do estado em abril deste ano. O equipamento terá um raio de ação de 150 km, cobrindo uma área extensa que inclui o Vale do Taquari e parte da Região Metropolitana de Porto Alegre.
Os dados coletados pelo radar serão fornecidos exclusivamente para o governo do estado, que os armazenará em um banco de dados específico. Essa medida foi definida na licitação do projeto.
A implementação do novo radar representa um importante avanço tecnológico para o Rio Grande do Sul. Ao substituir os equipamentos atuais, que são de superfície e utilizam inteligência artificial para mapear dados, o novo sistema permitirá a coleta de informações em tempo real, a cada 15 segundos, com maior precisão e abrangência.
O contrato assinado com o governo faz parte de uma licitação homologada em dezembro de 2023. O acordo prevê o mapeamento dos dados meteorológicos por um período de cinco anos, com possibilidade de extensão por mais cinco ao término do período inicial.
