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O governo federal vai destinar R$ 100 milhões para fortalecer as operações do Ibama e do ICMBio no combate aos incêndios no Pantanal, bioma que enfrenta uma grave situação de emergência. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, enfatizou que esses recursos visam proteger “a maior planície alagável do mundo”.
Diante do aumento dos focos de incêndio, o governo ativou a sala de situação para coordenar medidas urgentes. Além da alocação financeira, está previsto o envio de brigadistas e agentes da Força Nacional, bem como a visita de uma comitiva ministerial a Corumbá (MS), epicentro dos incêndios, na sexta-feira (28).
Segundo nota da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, a visita incluirá a entrega de equipamentos e aeronaves, além da mobilização de equipes de brigadistas. Os ministros também se encontrarão com autoridades e representantes locais.
A operação conta atualmente com 175 brigadistas do Ibama, 40 do ICMBio e 53 da Marinha, em colaboração com polícias e bombeiros locais. Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, alertou que a situação é uma das piores já vistas no Pantanal, devido à escassez hídrica severa na bacia do rio Paraguai e às condições climáticas desfavoráveis.
Para intensificar o combate, o Ministério da Defesa disponibilizará seis helicópteros, duas aeronaves e embarcações para transporte de militares e brigadistas pelos rios. Adicionalmente, está em estudo a criação de uma base avançada na estrada Transpantaneira, visando agilizar a logística das operações.
Até 23 de junho de 2024, a área queimada no Pantanal já alcançou 627 mil hectares, um aumento significativo em relação a anos anteriores, atribuído às altas temperaturas e à seca persistente. A origem dos incêndios deste ano foi confirmada como sendo de origem humana pela Lasa-UFRJ.
Diante da gravidade da situação, os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso decretaram a proibição do manejo de fogo até o final do ano, inclusive para atividades de renovação de pastagem, tratando qualquer queimada controlada no Pantanal como crime.
Os esforços para controlar os incêndios incluem a mobilização de recursos e pessoal, assim como medidas de segurança pública para identificar e punir responsáveis por incêndios criminosos.