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Sob o Governo Lula, no 1º semestre de 2024, o Pantanal enfrentou sua pior devastação registrada até hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Com 3.538 focos de incêndio consumindo uma área de 700 mil hectares, o bioma viu uma destruição quase 6 vezes maior que a cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Os dados do sistema BDQueimadas do INPE, que monitora os pontos de calor por satélite desde 1998, revelam que o número de incêndios deste ano supera em quase 40% o recorde anterior registrado no primeiro semestre de 2020, que teve 2.534 focos de incêndio. Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, alertou que algumas partes do Pantanal podem sofrer danos irreversíveis.
Os primeiros 13 dias de junho de 2024 já acumularam um aumento de 80% no número de focos de incêndio em comparação com o mesmo período de 2020. Este junho também entrou para a história como o pior registrado pelo INPE.
Normalmente, a temporada de incêndios no Pantanal começa entre o final de julho e o início de agosto, durante o período mais seco do inverno. No entanto, este ano viu uma antecipação devido à prolongada seca e às mudanças climáticas, conforme apontam os especialistas.
O fogo arrasador já consumiu 700.025 hectares deste bioma caracterizado por suas vastas áreas alagadas, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ). Isso representa cerca de 5% do Pantanal, que abrange 16 milhões de hectares.
Para os especialistas, a situação em 2024 pode se equiparar ou até superar o desastre de 2020, até então o pior ano para o Pantanal desde o final dos anos 1990.