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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez duras críticas à Polícia Federal (PF) após a divulgação de um relatório sobre a suposta venda ilegal de joias, o qual continha um erro significativo nos valores supostamente desviados. Mais cedo, a PF admitiu a falha no documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde inicialmente mencionou um desvio de R$ 25.298.083,73. Após correção, o valor real foi ajustado para US$ 1.227.725,12, o equivalente a R$ 6.826.151,66, uma diferença de aproximadamente R$ 18 milhões a menos do que o inicialmente divulgado.
Em resposta, Bolsonaro afirmou: “Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias ‘desviadas’ estão na CEF, Acervo ou PF, inclusive as armas de fogo. Aguarda-se a PF se posicionar no caso Adélio: ‘quem foi o mandante?’. Uma dica: o delegado encarregado do inquérito é o atual Diretor de Inteligência”.
. Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias “desviadas” estão na CEF, Acervo ou PF, inclusive as armas de fogo.
. Aguarda-se a PF se posicionar no caso Adélio: “quem foi o mandante?”
. Uma dica: o delegado encarregado do inquérito é o… pic.twitter.com/yZTKupopD3
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 8, 2024
O documento da PF indica que Bolsonaro e seus assessores teriam desviado mais de R$ 6,8 milhões a partir da venda de joias e presentes recebidos de autoridades internacionais. A investigação aponta que esses itens foram utilizados para o enriquecimento ilícito do ex-presidente, desviando os bens para seu patrimônio pessoal.
Na última semana, Bolsonaro foi indiciado por crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Outros 11 indivíduos também foram indiciados, incluindo:
- Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, ex-ministro de Minas e Energia
- Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social de Bolsonaro
- Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro
- José Roberto Bueno Junior, ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia
- Julio Cesar Vieira Gomes, ex-secretário da Receita Federal
- Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
- Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe do setor de presentes durante o governo Bolsonaro
- Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor do ex-ministro de Minas e Energia
- Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
- Mauro Cesar Lourena Cid, general do Exército e pai de Mauro Cid
- Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Segundo a PF, os valores obtidos com a venda dos presentes eram convertidos em dinheiro e incorporados ao patrimônio pessoal de Bolsonaro através de intermediários. A investigação também revelou que Bolsonaro utilizou o dinheiro obtido com a venda das joias para cobrir despesas pessoais durante sua estadia de três meses nos Estados Unidos, no início de 2023, após deixar o cargo no último dia de seu mandato.