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Na ONU, indígenas brasileiros cobram Lula: ‘Nossas crianças continuam morrendo’

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Indígenas do Brasil alertaram que, apesar das medidas anunciadas durante o governo Lula, suas comunidades ainda enfrentam sérias ameaças como violência, garimpo ilegal, fome e doenças. A denúncia foi feita durante uma reunião do Mecanismo de Especialistas da ONU sobre Direitos dos Povos Indígenas, em Genebra.

Recentemente, especialistas, ONGs e líderes indígenas se reuniram na ONU para pressionar por ações concretas do governo brasileiro e maior atenção internacional diante da situação crítica no país. Em 2022, foram registradas 343 mortes de indígenas na maior terra indígena do Brasil, um aumento de 35 óbitos em relação ao primeiro ano do mandato do presidente Bolsonaro, que totalizou 308 mortes. Alarmantemente, 53% dessas mortes em 2023 foram de crianças, conforme dados do Ministério da Saúde, conforme revelou a Crusoé.

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Segundo o UOL, nos últimos dias, especialistas, ONGs e líderes indígenas se reuniram na ONU para pedir ações concretas do governo brasileiro e uma maior atenção da organização internacional sobre a situação no Brasil.

Um dos principais porta-vozes dessa campanha é Júlio David Ye’kwana, presidente da Associação Wanasseduume Ye’kwana, da Terra Indígena Yanomami. Representando a Aliança de Defesa Territorial entre os povos kayapó, yanomami e munduruku, Ye’kwana destacou a gravidade da situação: “Somos os três povos mais afetados pelo garimpo ilegal de ouro no Brasil”.

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Ye’kwana ainda descreveu um cenário extremamente preocupante: “O peixe que nos alimenta está envenenado e a caça fugiu para longe. Nossos rios estão poluídos e as crianças já nascem em meio ao barulho dos motores e da poluição. Elas acham que nosso mundo é assim, mas não é“.

Na ONU, o líder indígena disse que, embora o Governo Lula tenha declarado uma crise de saúde pública na Terra Indígena Yanomami (TIY) em 2023, as condições não melhoraram significativamente: “Continuamos vendo nossas crianças morrendo de malária e desnutrição”.

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Ye’kwana pediu à ONU que responsabilize o Estado brasileiro pela proteção dos territórios indígenas e pela expulsão dos invasores.

Além disso, o indígena enfatizou a necessidade de um sistema de atendimento especial para a saúde indígena, com profissionais capacitados nas comunidades.

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De acordo com o Uol, Doto Takak Ire, liderança kayapó da TI Menkragnoti, também participou da reunião, denunciando a presença de crime organizado nas terras indígenas: “Tem máquinas pesadas nos nossos territórios, os garimpeiros estão metidos com o crime organizado e o ouro é vendido internacionalmente”.

Ire pediu um compromisso internacional para verificar a origem do ouro e reforçou a necessidade de leis brasileiras que controlem a cadeia de comercialização do ouro e o uso de máquinas escavadeiras.

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O indígena também criticou o Congresso pela análise da PEC 48, do marco temporal, que pode ameaçar ainda mais os direitos indígenas.

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