Uma tentativa de fuga em massa ocorrida na noite de sábado (3) no Complexo Penitenciário Professor Clodoaldo Pinto (CPPL II), em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza, resultou em um confronto entre detentos e agentes penitenciários. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Ceará (SAP), 22 presos, ligados a uma facção criminosa, iniciaram uma rebelião na tentativa de fugir da unidade.
De acordo com a SAP, a ação dos agentes penitenciários foi rápida e eficaz, frustrando a tentativa de fuga. Um detento ficou ferido durante o confronto e foi encaminhado a um hospital. A pasta afirma que não houve fuga em massa e que todos os envolvidos responderão pelos seus atos.
No entanto, o Sindicato dos Policiais Penais do Ceará (Sindppen-CE) apresenta uma versão diferente dos fatos. Segundo o sindicato, três agentes penitenciários foram feitos reféns pelos detentos, agredidos com armas artesanais e utilizados como escudos humanos durante a rebelião. A diretoria do sindicato esteve no local e constatou ferimentos nos policiais.
A presidente do Sindppen-CE, Joélia Silveira, afirmou ao g1 que os policiais foram amordaçados, algemados e feridos com “cossocos”, uma espécie de faca artesanal. A SAP, por sua vez, nega que qualquer agente tenha sido ferido durante a ocorrência.
A rebelião teria iniciado por volta das 19h20, quando um grupo de presos rendeu um agente penitencial. Em seguida, outros dois agentes foram dominados e os detentos se apoderaram de armas e coletes. Os presos chegaram a sair da ala onde estavam, mas foram impedidos de fugir pelos muros e cercas que circundam a unidade prisional.
O secretário de Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, afirmou em um vídeo publicado nas redes sociais que a tentativa de fuga foi frustrada e que nenhum preso conseguiu escapar. O secretário, que esteve no local da ocorrência, disse que a situação está sob controle.
