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Pela 1ª vez na história, o Exército Brasileiro prestará homenagem a integrantes do Movimento Sem Terra (MST) durante o desfile de 7 de Setembro. A decisão, promovida pelo Governo Lula, gerou desconforto entre membros das Forças Armadas. A informação é do site O Antagonista.
O desfile cívico deste ano terá como lema “Democracia e Independência! É o Brasil no Rumo Certo” e contará com a participação da sociedade dividida em quatro temas: o desempenho do Brasil nas Olimpíadas, a retomada da vacinação, a presença do país no G2 e a reconstrução do Rio Grande do Sul (RS).
Para este último, o governador do RS Eduardo Leite foi convidado a participar pela Secretaria de Comunicação do governo federal.
O MST será homenageado como uma das entidades que contribuíram para a reconstrução do estado, e seus integrantes desfilarão pela Esplanada dos Ministérios com seus bonés e bandeiras.
Além do MST, também serão homenageados representantes dos bombeiros, Correios, Conab, Força Nacional do SUS, Movimento de Atingidos por Barragens e MTST, sendo este último associado ao candidato à prefeitura de São Paulo (SP), Guilherme Boulos.
Fontes do Alto Comando do Exército, ouvidas pelo site O Antagonista, consideraram a homenagem ao MST como uma provocação por parte do Governo Lula.
Apesar dos esforços do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para aliviar as tensões entre militares e o governo no ano anterior, a inclusão do MST no desfile cívico gerou descontentamento entre os militares, reacendendo tensões que pareciam superadas.
O 1º desfile de 7 de Setembro sob o Governo Lula 3 foi marcado por uma baixa presença na Esplanada dos Ministérios.
Segundo o governo federal, cerca de 30 mil pessoas compareceram ao evento, embora várias arquibancadas estivessem vazias. Grande parte do público presente se identificava claramente com o PT ou com o Governo Lula.
O evento também foi marcado por mensagens direcionadas à gestão anterior, com o uso do personagem Zé Gotinha para reforçar a marca do atual governo.
A primeira-dama, Janja, vestiu-se de vermelho e fez o tradicional gesto “L” em apoio ao presidente.