Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) realizou demissões de meteorologistas em todo o país nas últimas semanas, em meio ao avanço da seca no Brasil, que afetou cidades como Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF), onde a ausência de chuvas ultrapassa 100 dias.
Além dos meteorologistas, outros profissionais do órgão, incluindo técnicos de informática, também foram dispensados, conforme relatos de servidores ao R7. As demissões começaram em junho, com alguns contratos sendo rescindidos na última sexta-feira (30).
O Inmet não recebe novos servidores desde 2006, e um concurso anunciado em 2015 foi cancelado. Atualmente, há uma expectativa de que, com o “Enem dos Concursos”, 80 novos funcionários sejam contratados, divididos igualmente entre meteorologistas e áreas administrativas e tecnológicas.
Em resposta aos desligamentos, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público do DF (Condsef) enviou um ofício ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, solicitando esclarecimentos sobre um organograma que sugere uma reestruturação das carreiras no Inmet. A confederação alega que a proposta de reestruturação está sendo implementada sem diálogo ou transparência com os servidores.
O ofício menciona que o organograma propõe a migração dos Distritos de Meteorologia para a Superintendência de Agricultura e Pecuária (SFAs), reduzindo sua importância e relevância. Segundo o documento, a proposta diminui a responsabilidade dos meteorologistas e do trabalho desempenhado pelo Inmet.
A Confederação enfatiza a importância do Inmet na formulação de políticas públicas para mudanças climáticas, no planejamento estratégico agrícola e na prevenção de desastres meteorológicos. Até 2016, o Inmet tinha uma posição elevada na hierarquia do Ministério da Agricultura e Pecuária, com interlocução direta com o gabinete do ministro, mas perdeu reconhecimento nos últimos anos.
A confederação também solicita ao Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos que reavalie a reestruturação da carreira dos servidores atuais, observando que os novos meteorologistas que ingressarem pelo “Enem dos Concursos” terão salários superiores aos dos funcionários já em serviço.