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Dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta sexta-feira (11), indicam que o Brasil registrava 1.454 focos de incêndio na quinta-feira (10.out). A Amazônia concentrou 59,9% das ocorrências, totalizando 871 focos.
O Pará foi o estado mais afetado, com 659 queimadas em 24 horas, seguido pelo Maranhão (367) e Bahia (157).
Dos seis biomas brasileiros, quatro apresentaram focos de incêndio. O Cerrado registrou o segundo maior número, com 424 ocorrências, correspondendo a 29,2% do total.
Em agosto de 2024, o Brasil contabilizou 68.635 queimadas, o pior resultado para o mês em 14 anos e o quinto maior desde 1998, ano em que a série histórica foi iniciada. Esse número representa um aumento de 144% em comparação ao mesmo período de 2023. Setembro também registrou um número elevado de focos de incêndio, com 83.157 ocorrências – o maior índice do ano até agora e o mais alto para o mês desde 2010, quando foram observados 109.030 focos.
Comparado a setembro do ano passado, que teve 46.498 queimadas, houve um aumento de 78,74%. Historicamente, setembro é o mês com o maior número de queimadas, um período que costuma se estender até outubro.
Até agora, em outubro, o Brasil já acumula 13.049 focos de incêndio. No total, o ano de 2024 registra 223.257 ocorrências de queimadas. Além do aumento dos focos de incêndio, o país enfrenta uma seca histórica, considerada a pior estiagem dos últimos 75 anos, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).