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Área queimada na Amazônia em setembro foi quase o triplo do mesmo mês em 2023

Valter Campanato/Agência Brasil (2023)

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Em setembro de 2024, a Amazônia registrou um aumento alarmante de 196% na área queimada em comparação ao mesmo mês do ano anterior. No total, 5,5 milhões de hectares foram atingidos pelo fogo, dos quais metade corresponde a áreas de floresta e 30% a pastagens. Em 2023, os incêndios destruíram 1,9 milhão de hectares do bioma.

Os dados são do Monitor do Fogo, uma iniciativa da rede MapBiomas Fogo, coordenada pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).

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No acumulado do ano, 11,3 milhões de hectares da Amazônia já foram consumidos pelo fogo, o que representa um aumento de 143% em relação aos primeiros nove meses de 2023.

A Amazônia foi o bioma mais afetado pelos incêndios no Brasil em setembro, respondendo por 52% de toda a área queimada no país, que totalizou 10,6 milhões de hectares no mês.

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O aumento nos focos de incêndio é atribuído à intensificação das queimadas nos estados do Mato Grosso e Pará, que lideraram o ranking de áreas queimadas.

Em Mato Grosso, foram 3,1 milhões de hectares atingidos, abrangendo áreas do Cerrado, Amazônia e Pantanal. No Pará, o fogo devastou 2,9 milhões de hectares da Amazônia.

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Ane Alencar, diretora de Ciência do IPAM, explicou que o agravamento dos incêndios está relacionado à seca extrema que afeta a região entre junho e outubro.

Desde 2023, a região Norte do Brasil enfrenta secas severas que dificultam a recuperação da umidade da vegetação, contribuindo para a propagação dos incêndios. Em 2024, a região vive a pior seca já registrada, afetando cerca de 770 mil pessoas e gerando prejuízos estimados em R$ 640 milhões no Amazonas, segundo a Defesa Civil estadual.

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Outros biomas também sofreram recordes de área queimada em setembro. O Cerrado, o segundo bioma mais afetado, teve 4,3 milhões de hectares queimados, principalmente em áreas de vegetação nativa, o pior índice dos últimos cinco anos. No Pantanal, 318 mil hectares foram consumidos pelas chamas, 92% dessa área composta por vegetação nativa.

Com os incêndios de setembro, o Brasil acumula 22,3 milhões de hectares queimados em 2024, o que equivale à área do estado de Roraima. Esse número representa um aumento de 150% em relação ao mesmo período de 2023, sendo o maior desde o início das medições do Monitor do Fogo, em 2019.

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A vegetação nativa foi a mais afetada, representando 73% da área queimada no país, enquanto as florestas somaram 21% da área destruída pelo fogo. Entre as áreas agropecuárias, as pastagens se destacaram, com 4,6 milhões de hectares queimados de janeiro a setembro de 2024, um aumento de 188% em relação ao ano anterior, sendo 84% dessa área localizada na Amazônia.

Vera Arruda, pesquisadora do IPAM, alertou que o uso do fogo em pastagens na Amazônia está intimamente ligado à expansão da fronteira agrícola e ao desmatamento. “Essa prática, barata e comum, pode se transformar em incêndios florestais devastadores, especialmente em períodos de seca extrema”, destacou.

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Até setembro de 2024, o Cerrado teve 8,4 milhões de hectares queimados, 117% a mais do que no mesmo período de 2023.

O Pantanal registrou 1,5 milhão de hectares queimados desde o início do ano, um aumento impressionante de 2.306% em relação à média dos últimos cinco anos.

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