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Na manhã desta sexta-feira (8), a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou uma operação contra um grupo suspeito de aplicar golpes virtuais, utilizando nomes de autoridades e escritórios de advocacia para enganar vítimas. A ação, coordenada pela 5ª Delegacia de Polícia, visa desmantelar a rede criminosa que, segundo as investigações, fraudava pessoas ao fazer-se passar por advogados e autoridades para realizar transferências fraudulentas.
Entre os nomes usados sem autorização pelos criminosos está o escritório do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Embora o governador esteja afastado de suas funções no momento devido ao seu cargo no governo, o escritório ainda segue em operação e foi uma das vítimas do uso indevido.
De acordo com a Polícia Civil, as vítimas eram induzidas a realizar depósitos em contas de pessoas físicas, sob a falsa alegação de que o valor seria para o pagamento de “custas” necessárias para o levantamento de alvarás ou recebimento de valores de precatórios decorrentes de supostas vitórias judiciais. Os criminosos utilizavam números de processos reais e se passavam por advogados legítimos envolvidos nessas causas.
As investigações tiveram início após o sócio de um dos escritórios de advocacia usado pelos criminosos denunciar o crime à polícia. A partir disso, os agentes descobriram que uma das vítimas chegou a transferir R$ 9 mil para a conta dos golpistas.
Em nota nas redes sociais, o escritório Ibaneis Advocacia esclareceu que “não solicita depósito de valores para fins de recebimento de precatórios”, reforçando seu compromisso com a transparência e desmentindo qualquer envolvimento com os crimes cometidos.
Seis pessoas estão sendo investigadas pelo caso, sendo que uma delas já se encontra presa, cumprindo pena por homicídio. As investigações levaram os agentes a cumprir doze mandados de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza (CE) e Recife (PE).
Os envolvidos podem ser processados por falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, as penas podem ultrapassar os 20 anos de prisão. A Polícia Civil segue com os trabalhos e o espaço permanece aberto para que os citados na operação se manifestem.