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Na noite da última terça-feira (12), Cristiano Lopes da Costa, também conhecido como “Meia Folha”, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Guarujá, foi morto a tiros. O crime ocorreu em uma lanchonete no distrito de Vicente de Carvalho, deixando a população local alarmada e levantando questões sobre suas ligações com empresas que têm contratos com a prefeitura da cidade.
De acordo com informações da TV Tribuna, Cristiano Lopes da Costa não só ocupava uma posição proeminente na hierarquia do PCC, como também era o representante da HC Transporte e Locação Eirelli, empresa que detém contratos com a prefeitura do Guarujá. Esses contratos envolvem a prestação de serviços de controlador de acesso e de limpeza nas unidades de Saúde do município.
Segundo a Prefeitura do Guarujá, Costa era o elo entre a empresa e o poder público, tendo influência significativa nos negócios locais. Os contratos em questão foram assinados em 2022 e possuem uma vigência inicial de um ano, podendo ser prorrogados por até cinco anos, conforme estipulado pela administração municipal.
Autoridades locais revelaram que Cristiano Lopes da Costa ganhou destaque na facção criminosa após a saída de outras lideranças regionais, como André Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap, e André Luís da Costa Lopes, o Andrezinho da Baixada, este último atualmente detido. Segundo o promotor de Justiça Silvio Loubeh, do Grupo Especial de Atuação no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Santos, “O Meia Folha era uma espécie de braço direito desses, que acabaram saindo de cena. Dos que estão na região, provavelmente ele era uma das principais lideranças hoje”.
Em resposta às preocupações levantadas após o incidente, a Prefeitura do Guarujá esclareceu que os protocolos para a assinatura de contratos não incluem uma análise detalhada das pessoas físicas vinculadas às empresas, a menos que haja algum parentesco com servidores municipais. A administração municipal afirmou que os contratos foram homologados após o cumprimento de todas as exigências legais pertinentes às empresas contratadas.
No entanto, diante do cenário de violência e incertezas, a gestão municipal ainda não se pronunciou sobre a continuidade dos contratos com a HC Transporte e Locação Eirelli após a morte de Cristiano Lopes da Costa. Testemunhas do crime afirmaram que os disparos foram efetuados por um homem que passou pelo local de moto, enquanto o autor dos disparos permanece desconhecido até o momento.
Além do líder do PCC, também ficou ferido no incidente o ex-vereador do Guarujá, Geraldo Soares Galvão (DEM), que está internado após ser atingido pelos tiros. Segundo o relato da ocorrência, Galvão estava conversando com comerciantes quando o motociclista se aproximou e efetuou os disparos.
Com este assassinato, crescem os temores de um possível aumento da violência na região, especialmente em meio a relatos de um suposto racha na cúpula do PCC. Esta não é a primeira morte associada a essa suposta disputa interna, com o recente assassinato de Donizete Apolinário da Silva, aliado de um dos líderes da facção, na Grande São Paulo.