Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Os funcionários do Metrô de São Paulo optaram por adiar a greve programada para esta quarta-feira (22), conforme decidido em assembleia realizada nesta terça-feira (21). A categoria decidiu aguardar uma contraproposta da Companhia do Metropolitano antes de tomar medidas mais drásticas. O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) já havia estabelecido que o sistema funcionasse com capacidade total nos horários de pico e com 50% da capacidade nos demais horários em caso de greve.
Entre as demandas dos trabalhadores estão aumento salarial, reintegração de funcionários demitidos e abertura de concursos para novas contratações. Além disso, questionam os planos de terceirização e privatização de algumas linhas pelo governo estadual.
A rede metroviária da cidade de São Paulo compreende 6 linhas, totalizando 104,4 km de extensão e 91 estações, sendo percorrida por mais de 5 milhões de passageiros diariamente.
Apesar das negociações em curso, a categoria ainda não chegou a um consenso com a administração do Metrô em relação ao percentual de reajuste salarial. A proposta inicial de 2,77% (inflação medida pelo IPC-Fipe) foi rejeitada. Além do reajuste salarial e de benefícios, o sindicato solicita que o governo contrate os 115 agentes de segurança aprovados no concurso de 2019 e reintegre oito funcionários demitidos durante a última paralisação.
Os trabalhadores também demandam uma fatia maior da participação nos resultados da empresa. Uma nova proposta deve ser apresentada aos trabalhadores pela empresa estadual no dia 5 de junho.
As linhas afetadas em caso de paralisação seriam a 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Por outro lado, as Linhas 4-Amarela e 5-Lilás operariam normalmente, pois são gerenciadas por concessionárias privadas. A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) não participaria da paralisação.
O desembargador Davi Furtado Meirelles estabeleceu uma multa diária de R$ 100 mil tanto para o Sindicato dos Metroviários quanto para o Metrô, caso qualquer uma das partes dificulte a operação normal do transporte. Em sua decisão, o desembargador destacou que a empresa já tentou impedir o cumprimento de determinações judiciais, buscando transferir a responsabilidade para o sindicato e os trabalhadores, sob o argumento de insegurança na prestação parcial dos serviços.