Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A cidade de São Paulo foi drasticamente afetada por um apagão após o forte temporal que atingiu o estado na sexta-feira, 11 de outubro. Imagens capturadas por satélites da NASA e divulgadas pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas, revelam o contraste entre a luminosidade da capital paulista antes e depois da tempestade.
As imagens de satélite mostram claramente como a iluminação da cidade foi severamente impactada. No registro do dia 11 de outubro, a cidade aparece com muitas áreas iluminadas, mas, no dia seguinte, a escuridão se espalha por diversas regiões, especialmente nas áreas periféricas da capital e nas cidades adjacentes, como Cotia e Taboão da Serra.
Segundo Humberto Alves Barbosa, fundador do Lapis, “as imagens confirmam a gravidade da situação em São Paulo e indicam que bairros periféricos ainda estavam sem luz, enquanto o centro já havia começado a se recuperar”. Ele também destacou o conceito de “injustiças climáticas”, refletido no impacto desigual do apagão entre as regiões centrais e periféricas.
O temporal, que trouxe ventos de mais de 100 km/h, deixou 2,1 milhões de imóveis sem energia elétrica e provocou a morte de sete pessoas em todo o estado. Além da falta de luz, os moradores enfrentam prejuízos no comércio e no abastecimento de água, que foi interrompido em algumas áreas.
Recuperação Lenta
Até o início da noite de segunda-feira, 14, cerca de 400 mil clientes ainda estavam sem energia. Desses, 283 mil estavam na capital, o que representa aproximadamente 70% dos afetados. A Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia, informou que o número de imóveis sem luz caiu para 340 mil posteriormente, mas a recuperação total segue sendo um desafio.
As imagens de satélite não só documentam o apagão, mas também a presença de umidade atmosférica após a chegada de uma frente fria, o que borra parcialmente as áreas mais atingidas. “A atmosfera densa e úmida após o temporal também contribuiu para reduzir a visibilidade nas imagens”, explicou Barbosa.