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Uma possível falha no motor é a principal hipótese investigada pelas autoridades após o acidente com um King Air F90 ocorrido na sexta-feira (7) na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, que deixou dois mortos e seis feridos.
Segundo informações do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), junto com a Polícia Civil e a Polícia Federal, a aeronave havia passado por manutenção uma semana antes do acidente devido a uma falha no sistema de RPM de um dos motores. Este sistema é crucial para o desempenho e decolagem, pois monitora a velocidade de rotação do motor.
O avião decolou do Aeroporto Campo de Marte com destino a Porto Alegre (RS), mas minutos depois caiu na Avenida Marquês de São Vicente, atingindo um ônibus e gerando uma explosão.
A tragédia causou a morte do advogado Márcio Louzada Carpena, proprietário da aeronave, e do piloto Gustavo Medeiros, ambos do Rio Grande do Sul. Seis passageiros do ônibus ficaram feridos, mas nenhum em estado grave.
Uma gravação de rádio revela que o piloto do King Air F90 solicitou retorno imediato ao aeroporto antes do impacto. Testemunhas relataram que a aeronave tentou um pouso de emergência, mas não conseguiu.
Um testemunha que estava no local disse ao portal G1 que, antes do acidente, viu o avião colidir com uma árvore e começar a liberar querosene. “Bateu na árvore, bateu na placa e começou a vazar querosene”, disse o engenheiro João Lucas da Silva Amaral. “No momento em que tocou o solo, explodiu e corremos”, completou.
Outro testemunha, Genival Dantas Arraes, contou: “Eu ia pegar o acesso à Avenida Sumaré e ia fazer o retorno, quando de repente o avião passou pela avenida e eu só vi tudo voando e a bola de fogo. Explodiu imediatamente. Todo mundo ficou paralisado. O avião estava arrancando palmeiras e placas. Passou muito rápido.”
Este é o terceiro acidente aéreo no estado de São Paulo neste ano, após a queda de um bimotor em Ubatuba e um helicóptero em Caieiras, que juntos deixaram cinco vítimas fatais.
O King Air F90 é considerado um modelo de avião fácil de operar. Em fóruns especializados, aponta-se que a maioria dos acidentes registrados com esta aeronave está relacionada a erros humanos ou condições climáticas adversas.
