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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), exigiu uma retratação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por suas declarações, que compararam os ataques a palestinos na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Em resposta, o governo israelense declarou Lula persona non grata.
“Estamos certos de que essa declaração equivocada não representa o verdadeiro propósito do Presidente Lula, que é reconhecido como um líder global por estabelecer diálogos e pontes entre as nações. Portanto, entendemos que uma retratação dessa declaração seria apropriada, pois o foco das lideranças mundiais deve ser a resolução do conflito entre Israel e Palestina”, afirmou Pacheco no plenário do Senado.
“Não podemos compactuar com as afirmações que compararam a ação militar que está ocorrendo na região neste momento com o Holocausto, o genocídio contra o povo judeu perpetrado pelo regime nazista na Segunda Guerra Mundial.”
A declaração gerou uma crise diplomática entre Brasil e Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chamou a fala do presidente de “vergonhosa”. Na segunda-feira, o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, foi convocado para uma reunião no Museu do Holocausto, em Jerusalém. Ao lado de Meyer, o chanceler israelense fez uma declaração à imprensa em hebraico, após o encontro, com intérprete.
A declaração do senador surge como uma resposta do Congresso às declarações feitas por Lula. No domingo, dia 18, o presidente do PT retomou seus ataques a Israel, comparando as operações militares na Faixa de Gaza ao genocídio de judeus perpetrado por Adolf Hitler.
“O que está ocorrendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não tem precedentes em nenhum outro momento histórico. Na verdade, ocorreu quando Hitler decidiu exterminar os judeus”, afirmou Lula durante uma entrevista coletiva no hotel onde está hospedado em Adis Abeba, capital da Etiópia.