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O empresário e apresentador Roberto Justus revelou que foi sondado para disputar a Presidência da República em 2018, antes da candidatura de Jair Bolsonaro (PL) ser oficializada. A sondagem, segundo ele, partiu diretamente do então presidente Michel Temer (MDB), que o procurou pessoalmente com a proposta. A declaração ocorreu durante uma entrevista ao podcast Inteligência Ltda.
Justus explicou que Temer o convidou para ser o candidato do MDB após pesquisas internas indicarem que seu nome tinha baixo índice de rejeição entre os eleitores. “Fui até Brasília para conversar com o presidente Temer, e ele me disse: ‘Eu não vou me reeleger’. Ele me sondou para ser o candidato do MDB. Foi uma conversa, nada evoluiu. Foi lisonjeiro, mas não daria para mim”, relatou Justus.
Ainda de acordo com o empresário, Temer costuma brincar que Justus teria vencido a eleição caso tivesse se candidatado. “Ele sempre me diz: ‘Você seria presidente. O Bolsonaro foi eleito sem campanha, você tinha nome e nenhuma rejeição, além de ser um nome de fora da política tradicional’.”
Na eleição de 2018, Justus optou por não concorrer, mas declarou apoio a Bolsonaro. Ele acredita que a vitória de Bolsonaro ocorreu mais por sua posição de oposição ao Partido dos Trabalhadores (PT) do que por seus méritos políticos. “Eu era mais conhecido que o Bolsonaro e sem rejeição. Quem foi eleito naquela época foi muito mais para evitar o PT. A rejeição ao partido era enorme e o povo não queria mais o político tradicional”, afirmou Justus.
Justus também fez uma avaliação crítica da gestão de Bolsonaro. O empresário apoiou a candidatura do ex-presidente em 2022, mas apontou falhas que, em sua opinião, levaram à derrota. “Bolsonaro montou uma boa equipe, com ministros como Paulo Guedes, que defendia privatizações, algo que eu apoiava. Mas ele cometeu muitos erros, principalmente pela forma como se comunicava e algumas atitudes absurdas que tomava. Tive a oportunidade de dizer isso a ele pessoalmente”, concluiu Justus.