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A seguidora de Deolane Bezerra, Arianny Rosa Pereira, entrou com uma ação judicial contra a influenciadora após perder mais de R$ 300 mil em plataformas de apostas promovidas por ela. Além de Deolane, o processo inclui os influenciadores Carlinhos Maia e Virginia Fonseca.
A ação foi protocolada pouco antes da prisão de Deolane, ocorrida na última quarta-feira (4), no contexto de uma investigação sobre lavagem de dinheiro envolvendo jogos online.
Em entrevista ao Uol, Arianny explicou os motivos da ação: “Tudo começou em setembro do ano passado. Eu vi postagens e stories de influenciadores ganhando dinheiro com apostas… Primeiro na página de Virginia Fonseca e depois em Deolane Bezerra e Carlinhos Maia. Isso me fez acreditar que eu também poderia ganhar.”
Arianny revelou que usou dinheiro de uma herança destinada ao tratamento cardíaco de seu pai para apostar em plataformas online, com a intenção de quitar dívidas. “Eu estava em um momento frágil e não sabia o que estava fazendo. Essa situação destruiu minha vida e a da minha família. Perdi todo o dinheiro que tinha e o de meu pai também: perdi tudo, R$ 322 mil”, afirmou.
Ela destacou que entrou com o processo para tentar recuperar o valor perdido e desmentiu a ideia de ser viciada em apostas: “Não sou viciada; o que aconteceu foi uma ilusão e uma armadilha. As pessoas julgam, acham que você é viciada, mas isso não é verdade.”
O advogado de Arianny, Cícero Goular, informou que a ação é inédita no Brasil e, se bem-sucedida, será o primeiro processo a responsabilizar influenciadores por perdas em apostas. Segundo ele, os apostadores são incentivados a fazer grandes apostas pelos influenciadores, resultando em perdas significativas.
Na quarta-feira (4), a Polícia Civil de Pernambuco prendeu Deolane Bezerra e sua mãe durante uma operação que investiga uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Além da prisão, foram apreendidos e bloqueados bens da influenciadora no valor de R$ 2,1 bilhões, com 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão emitidos contra os suspeitos.
Na segunda-feira (9), a Justiça concedeu habeas corpus para que Deolane cumprisse prisão domiciliar. No entanto, menos de 24 horas depois, a decisão foi revogada por descumprimento de medidas impostas pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, que determinava que ela não se comunicasse publicamente nas redes sociais e com a imprensa.