Ciência e Tecnologia

Reciclagem: Novo método transforma poliestireno em material reutilizável

Foto: Divulgação

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Novo processo de reciclagem de poliestireno pode ser o primeiro no mundo a ser tanto econômico quanto eficiente em termos energéticos Método químico identificado para lidar com material de embalagem de difícil reciclagem, reduzindo o desperdício em aterros Engenheiros modelaram uma nova forma de reciclar poliestireno que pode se tornar a primeira maneira viável de tornar o material reutilizável. A equipe de engenheiros químicos, baseada na Universidade de Bath, no Reino Unido, e no Instituto Politécnico de Worcester, em Massachusetts, EUA, afirma que sua técnica pode ser a primeira a tornar a reciclagem do poliestireno viável tanto economicamente quanto em termos energéticos.

Explicado em um novo artigo de pesquisa publicado no Chemical Engineering Journal, a técnica usa um processo químico chamado pirólise para decompor o poliestireno em partes que podem ser reformadas em novos pedaços do material. Dr. Bernardo Castro-Dominguez, professor sênior de Engenharia Química na Universidade de Bath e co-diretor do Centro para Fabricação Digital, Design e Fabricação (dMaDe), diz: “As técnicas de reciclagem química são um grande foco dentro da engenharia química atualmente, e maneiras custo- e energeticamente eficientes de decompor plásticos em seus blocos de construção primários, como o poliestireno, são urgentemente necessárias.

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“Menos de 5% do poliestireno é reciclado atualmente — nosso trabalho mostra que até 60% de todo o poliestireno usado hoje poderia ser substituído por estireno quimicamente reciclado.” Michael Timko, PhD, professor de Engenharia Química no Instituto Politécnico de Worcester, acrescenta: “Nossa análise encontra o poliestireno como um candidato ideal para um processo de reciclagem química. Surpreendentemente, o processo é energeticamente eficiente e potencialmente economicamente competitivo. Em termos de emissões, investir neste processo tem o potencial de ser equivalente a medidas simples, como a conservação de energia, em termos da quantidade de redução de emissões que pode ser alcançada para um determinado investimento.”

O poliestireno pode ser reciclado quimicamente usando calor, mas tratamentos repetidos degradam o material, fazendo-o perder resistência e flexibilidade. Como esse processo requer instalações especializadas, a maioria dos centros de reciclagem não aceita poliestireno — e devido ao seu volume, os altos custos de transporte significam que raramente é movido para essas instalações. Consequentemente, muito pouco poliestireno é reciclado atualmente. A pirólise envolve expor um material a temperaturas muito altas (mais de 450°C) em uma câmara sem oxigênio, o que impede a ignição. Em vez disso, o poliestireno se decompõe em partes conhecidas como monômeros, que podem então ser purificados e subsequentemente reconstituídos em poliestireno virgem.

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Criar um quilograma do novo material requer menos de 10 megajoules de energia — aproximadamente o suficiente para alimentar um micro-ondas típico por cerca de 30 minutos. O processo identificado envolve um reator de pirólise, um trocador de calor e um par de colunas de destilação, que separam as partes do poliestireno em estireno de ‘grau monomérico’ — a parte que pode ser reformada em poliestireno — e subprodutos ‘leves’ e ‘pesados’ semelhantes a petróleo, que podem ser reutilizados de outras maneiras. O processo tem um rendimento de 60% — significando que, se 1 kg de poliestireno usado fosse utilizado, 600 gramas de estireno de grau monomérico com 99% de pureza estariam disponíveis para gerar novo poliestireno, reduzindo assim o uso de combustíveis fósseis.

Este trabalho também destaca os benefícios ambientais, observando que o custo para diminuir a quantidade de emissões de carbono através da implementação deste processo é de aproximadamente $1,5 por tonelada de CO2, consideravelmente menor do que muitos outros processos de reciclagem. Os pesquisadores dizem que políticas para incentivar os consumidores a reciclar poliestireno, ou desviá-lo dos aterros, ajudariam a tornar o processo ainda mais atraente economicamente.

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