Edelbroek, que se inspirou inicialmente ao atuar como doador de esperma, questionou se as condições do espaço poderiam favorecer a FIV mais do que os laboratórios terrestres. Agora, como CEO da SpaceBorn United, ele planeja lançar um minilaboratório de FIV do tamanho de uma caixa de sapatos no próximo ano. Este dispositivo utilizará microfluídica para unir esperma e óvulo, simulando diferentes condições gravitacionais, como as da Terra, Lua e Marte. Embora estudos anteriores com animais tenham mostrado resultados mistos sobre a reprodução no espaço, ele acredita que sua pesquisa pode fornecer respostas essenciais. Ele argumenta que, com o aumento do turismo espacial, entender os efeitos do espaço na reprodução humana é urgente.
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Até o momento, a SpaceBorn United arrecadou US$ 400.000, mas precisa de mais financiamento para o primeiro teste orbital planejado para novembro de 2024. Se bem-sucedidos, os próximos passos incluirão testes com embriões de roedores e, eventualmente, embriões humanos sob gravidade simulada. A pesquisa enfrenta desafios éticos e técnicos, especialmente no retorno dos embriões à Terra. No entanto, ele afirma que a empresa está comprometida com altos padrões éticos e legais. Especialistas ressaltam a necessidade de mais financiamento para estudos de reprodução no espaço, considerando-os vitais para a exploração espacial de longo prazo.
Scott Solomon, biólogo e divulgador científico, destaca a importância de explorar essas fronteiras. “A humanidade tem se beneficiado o tempo todo da expansão de sua zona de conforto”, afirma Edelbroek. “E, se você quer saber, é bom continuar fazendo isso no espaço.” Scott Solomon é professor de ecologia e biologia evolutiva na Rice University e autor de livros sobre a evolução humana e os impactos da vida no espaço no corpo humano.
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