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O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da comissão de Relações Exteriores no Senado, afirmou nesta quarta-feira (17) que nenhuma pauta, nem mesmo da reforma da Previdência, vai alterar o ritmo dos trabalhos da comissão, que terá de avaliar a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), caso seja confirmada, para assumir a embaixada brasileira em Washington (EUA).
“Nenhuma pauta vai mudar o rito que nós temos que pregar na tramitação dos projetos da comissão”, disse a jornalistas. Trad, que presidiu nesta quarta a última reunião do grupo antes do recesso parlamentar, prevê um prazo de 45 dias para a Casa analisar o caso, a partir do momento em que o nome chegar ao Senado.
Na terça (16), o presidente Jair Bolsonaro disse que, da parte dele, “está definido” que seu filho será indicado para o cargo.
Para Trad, o fato de Eduardo não ser de carreira diplomática pode fazer o clima ficar mais “quente do que normalmente é” na comissão. Mas ponderou que o grupo está “preparado” e seguirá as regras do regimento e da Constituição. “Sou cirurgião, sou acostumado à pressão”, afirmou o senador, formado em Medicina.
Depois de ter dito na última sexta (12) que irá votar a favor da indicação de Eduardo, Trad afirmou agora que, como presidente da comissão, precisa ter uma “postura totalmente imparcial”. “Até porque está na moda essa questão de parcialidade de magistrado, né? O rito vai ser mesmo, igual, para todos. Seja filho, seja quem for”, ressaltou.
Sobre o relator
O parentesco entre Jair e Eduardo, que rendeu por parte da oposição acusações de nepotismo, pode ou não ser considerado nos votos dos senadores da comissão, segundo Trad. Se isso será avaliado pelo relator, irá depender de quem será o senador responsável pela tarefa. O presidente da comissão contou que quatro parlamentares já pediram a ele para relatarem o caso. “Tem gente contra e a favor”, afirmou, sem revelar os nomes.
Trad contou que tem um mapa que indica os senadores que já relataram outras nomeações, para que, ao decidir sobre as novas relatorias, possa fazer uma distribuição mais igualitária dentro da comissão. “E a gente procura distribuir até para poder gerar uma participação da coletividade que compõe a comissão”, explicou.
*Com Estadão Conteúdo