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PF adia depoimentos de hackers presos por invadir celulares de Moro e Deltan

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A pedido da defesa, a Polícia Federal adiou os depoimentos de dois dos presos na operação que apura a invasão dos celulares do ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol. Segundo o advogado Ariovaldo Moreira, que defende Gustavo Henrique Elias Santos e a mulher presa, identificada apenas como Suellen Priscila de Oliveira, os dois só falarão quando ele estiver em Brasília.

Além do casal, detido em São Paulo, a PF prendeu nesta terça-feira Walter Delgatti Neto, em Araraquara. Há ainda um quarto preso, em Ribeirão Preto, que não foi identificado.

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Os quatro suspeitos de hackear os celulares de autoridades foram transferidos para Brasília e levados para a Superintendência da PF do Distrito Federal. A ação, batizada de Operação Spoofing, foi determinada pelo juiz da 10.ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.

Eles chegaram por volta das 19h à capital federal e, segundo a PF, apenas dois permanecerão na carceragem da Superintendência por questão de espaço. Os demais foram levados por volta das 23h para local não informado.

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Advogado. Segundo Moreira, a Polícia Federal está “impedindo sua atuação na defesa do cliente”. O advogado disse desconhecer o envolvimento de seu cliente com atividades de hackers. Segundo o defensor, Santos trabalha como DJ. O suspeito já foi condenado em outro caso pelo Tribunal de Justiça de SP por porte ilegal de arma.

Em e-mail encaminhado à PF na noite desta terça, ao qual a reportagem teve acesso, o advogado solicita informações acerca do cumprimento do mandado de prisão.

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“Segundo consta, meu cliente Sr. Gustavo Henrique Elias Santos foi detido e encaminhado para esta unidade. Informo ainda que na qualidade de Advogado do Sr. Gustavo, não autorizo a oitiva do mesmo sem minha presença, ou que seja interrogado na presença de qualquer defensor público a ele nomeado”.

O advogado também disse que precisa de mais informações sobre o local onde ele se encontra detido, bem como o horário em que será interrogado. “Estão impedindo a atuação da defesa. Disseram para eu estar presente em uma hora para o interrogatório. Mas eu fui saber da prisão quando o meu cliente já estava em Brasília. Impossível eu estar lá em uma hora”, disse ele, que embarca para a capital federal nesta quarta-feira.

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Os quatro presos em São Paulo foram transferidos para Brasília de avião e a expectativa era de que prestassem depoimento ainda nesta terça-feira na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal. “Não acredito no envolvimento do meu cliente em nenhuma invasão de celular de ministro”, disse o defensor de Santos. Na casa do suspeito, a PF apreendeu seu celular e documentos.

Além de Moro, procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Paraná e outras autoridades foram hackeados – no mandado de buscas, há menção ao desembargador federal Abel Gomes (Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, no Rio), ao juiz federal Flávio Lucas (18.ª Vara Federal do Rio) e delegados Rafael Fernandes, da PF em São Paulo, e Flávio Vieitez Reis, em Campinas.

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Diálogos mantidos no auge da investigação entre eles e o então juiz Sérgio Moro foram vazados e publicados pelo site The Intercept Brasil, indicam um suposto conluio. Moro e os procuradores não reconhecem a autenticidade das mensagens a eles atribuídas.

Por Agência Estado

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