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Congresso articula nova derrota a Bolsonaro para controlar R$ 42 bi do Orçamento

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), vai convocar o Congresso Nacional na próxima semana para analisar os vetos impostos pelo presidente Jair Bolsonaro ao projeto que obriga a União a pagar todas as emendas parlamentares definidas por deputados e senadores no ano corrente. A estratégia visa assegurar aos parlamentares o controle de R$ 42,6 bilhões do Orçamento de 2020. A sessão deve marcar mais uma derrota ao governo e engessar ainda mais a área econômica na execução do Orçamento.

De acordo com a proposta aprovada ano passado e vetada por Bolsonaro em dezembro, o relator do Orçamento, deputado Domingos Neto (PSD-CE), passa a ter a prerrogativa de definir quais projetos receberão a maior parte dos R$ 26 bilhões em emendas indicadas por ele na peça orçamentária de 2020 – somadas as emendas individuais e de bancadas, o valor chega a R$ 42,6 bilhões.

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Se os vetos do presidente forem derrubados, não apenas a execução da maior parte desses recursos passará para as mãos de Neto como também o prazo desse pagamento. O texto fala em até 90 dias no caso das emendas do relator, o que, segundo o Planalto, inviabiliza a execução do Orçamento durante o ano.

Com a articulação, o Congresso quer impedir que as emendas sejam liberadas só no fim do ano, como é de costume. O Orçamento Impositivo, também aprovado em 2019, impede a suspensão total do pagamento de quatro tipos de emendas: individuais, de bancadas estaduais, do relator e das comissões. Mas não define o prazo para a liberação dos recursos. Em ano eleitoral, parlamentares querem garantir que as ações definidas por eles em seus redutos eleitorais ocorram a tempo do pleito de outubro.

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A sessão deve ser convocada para terça-feira, 11, de acordo com parlamentares envolvidos na negociação. Líderes da Câmara e do Senado negociam derrubar todos os vetos de Bolsonaro ao O PLN 51/2019, que  altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para obrigar o governo a pagar as emendas indicadas pelo relator-geral do Orçamento e pelas comissões da Câmara e do Senado. Anteriormente, apenas as emendas individuais indicadas por cada parlamentar e as de bancadas estaduais eram impositivas.

O relator do projeto, deputado Cacá Leão (PP-BA), disse acreditar que todos os vetos de Bolsonaro à proposta serão derrubados. Foi a articulação feita pelos partidos do Centrão. Segundo o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), a orientação da bancada será para manter o texto aprovado pelo Congresso.

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O líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), vai procurar os partidos na tentativa de um acordo. “Não vai para votação sem um mínimo acordo. Esperamos uma votação tranquila. O Orçamento impositivo é uma experiência de primeira atuação e vai nortear a discussão para os próximos anos. Tem que prevalecer autonomia e bom senso”, afirmou. / Agência Estado

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