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O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, foi na Procuradoria-Geral da República durante a tarde desta terça-feira (14) para protocolar a representação contra Gilmar Mendes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
No último sábado (11) o ministro afirmou que o “Exército está se associando a esse genocídio não é razoável”, fazendo uma referência às políticas adotadas pelo general Eduardo Pazuello, que está no comando interinamente do Ministério da Saúde.
Porém, a acusação de Mendes causou conflitos entre o Judiciário e as Forças Armadas. No domingo (12), o Ministério da Defesa divulgou uma nota, assinada pelo ministro da Defesa e pelos três comandantes das Forças Armadas, afirmando que a fala feita pelo ministro do STF “trata-se de uma acusação grave”.
“Comentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia”, estava escrito na nota.
Hoje, Mendes declarou que apesar de respeitar a atuação das Forças Armadas, ainda sim está reocupado “com o rumo das políticas públicas de saúde” do país. “Em um contexto como esse (de crise aguda no número de mortes por covid-19), a substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade e extrapola a missão institucional das Forças Armadas”, afirmou.
A representação protocolada hoje na PGR também contou com a assinatura do comandante do Exército, Edson Pujol, um dos militares que mais se sentiu ofendido com as declarações feitas pelo ministro dentro das Forças Armadas.