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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, suspendeu na tarde desta quinta-feira (17), a tramitação do inquérito sobre as acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, contra o presidente Jair Bolsonaro, de suposta interferência na Polícia Federal (PF).
Marco Aurélio também suspendeu o depoimento presencial do chefe do Executivo até que o plenário da Corte julgue o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para a realização do interrogatório seja por escrito. A PF havia intimado Bolsonaro para depor, presencialmente, entre os próximos dias 21 e 23.
Em entrevista para a CNN Brasil, Marco Aurélio disse que decidiu “congelar” os trâmites do inquérito para possibilitar o exame do recurso pelo plenário do STF, já que não concebe a “autofagia” — ou seja, a possibilidade de julgar sozinho uma decisão tomada por um colega, no caso, Celso de Mello, que não aceitara o depoimento por escrito.
De licença médica, Celso de Mello está impedido de examinar o recurso de Bolsonaro, a análise, então, passou para Marco Aurélio, o segundo ministro mais velho do STF.