E ex-ministro Celso de Mello voltou a atacar Bolsonaro, ao dizer que o presidente age como ‘monarca presidencial’. Na avaliação de Celso, a ordem, por Barroso, de abertura da CPI da Covid no Senado foi uma decisão “corretíssima” e ancorada em uma série de precedentes firmados pelo próprio STF.
“Um presidente da República que não tem o pudor de ocultar suas desprezíveis manifestações de desapreço pela Constituição da República e pelo princípio fundamental da separação de poderes, que atribui aos seus adversários a condição estigmatizante de inimigos e que se mostra disposto a atingir, levianamente, o patrimônio moral de um dos mais notáveis juízes do Supremo Tribunal Federal que proferiu corretíssima decisão, em tema de CPI, inteiramente legitimada pelo texto constitucional e amplamente sustentada em diversos precedentes firmados pelo plenário de nossa Corte Suprema, revela, em seu comportamento, a face sombria própria de um dirigente político que não admite nem tolera limitações ao seu poder, que não é absoluto, comportando-se como se fosse um paradoxal ‘monarca presidencial’!”, disse o ministro aposentado ao Estadão.