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Na madrugada desta quinta-feira (14), a Justiça Militar do Rio de Janeiro condenou os oito militares do Exército que atiraram 257 vezes e mataram, em 2019, um músico e um catador de material reciclável em Guadalupe, na zona norte do Rio de Janeiro.
As penas pelos crimes, somadas, superaram os 227 anos de prisão. Na ocasião, mais de 60 tiros atingiram o carro do músico, que estava a caminho de um chá de bebê na companhia da mulher, filho e sogro.
A sentença saiu depois de mais de 15 horas de julgamento na sede da Justiça Militar, na Ilha do Governador, zona norte da capital fluminense.
A decisão não foi unânime: por 3 votos a 2, oito dos 12 militares que participaram da ação foram considerados culpados por duplo homicídio e tentativa de homicídio.
A maior pena foi ordenada ao tenente do Exército Ítalo Silva Nunes, que comandou a ação que terminou com a morte do músico Evaldo Rosa e do catador de recicláveis Luciano Macedo há dois anos. Ele pegou 31 anos e seis meses de prisão.
Outros sete militares também foram condenados e receberam a pena de 28 anos cada um. Já os outros quatro militares envolvidos no caso foram absolvidos. Todos os oito condenados vão ser expulsos da corporação por culpabilidade comprovada.