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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve um crescimento de 1,5% nos três primeiros meses de 2022, em comparação com os três últimos de 2021, é o que aponta a estimativa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgada nesta terça-feira (17).
O chamado Monitor do PIB também apontou uma expansão de 1,8% da economia brasileira entre março e fevereiro deste ano. Comparando com os mesmos períodos de 2021, a alta em março foi de 4,2% e no primeiro trimestre, de 2,4%.
Em termos monetários, estima-se que o acumulado da soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil tenha chegado a R$ 2,458 trilhões.
Segundo o FGV-Ibre, o destaque no desempenho positivo do PIB foi o setor de serviços, que tem tido espaço para crescer e recuperar seus níveis de atividade após os impactos da pandemia em 2020 e 2021.
No final de 2021, somente as atividades ligadas a outros serviços e de administração, educação e saúde pública ainda não tinham voltado aos patamares anteriores à pandemia.
Ao todo, o ramo de serviços é composto por sete subdivisões. São elas: comércio, transporte; informação e comunicação; intermediação financeira; serviços imobiliários; outros serviços e administração, educação e saúde pública.
Entre janeiro e março de 2022, o componente outros serviços voltou ao nível de atividade pré-Covid-19. Esse grupo abrange, por exemplo, academias, bares, restaurantes, hotéis, cursos de idiomas, serviços domésticos e trabalhos prestados por empresas.
Coordenadora da pesquisa, a economista Juliana Trece explica que o reestabelecimento desse tipo de serviço é uma consequência direta da flexibilização das medidas de restritivas contra a Covid-19.
“Essas atividades requerem aglomeração. Por serem compostas por negócios que reagiram com a redução do número de mortes, no início do ano, e com o avanço da vacinação, esses serviços conseguiram se recuperar”, disse.