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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) concluiu que a causa do apagão de agosto, que deixou cerca de 30 milhões de consumidores sem energia elétrica, foi a falha em equipamentos de controle de tensão de diversos parques eólicos e fotovoltaicos, no perímetro da Linha de Transmissão Quixadá-Fortaleza II, no Ceará.
De acordo com o ONS, esses dispositivos deveriam compensar automaticamente a queda de tensão decorrente da abertura da linha de transmissão, porém o desempenho no momento da ocorrência ficou abaixo do previsto.
“Esses dispositivos das usinas deveriam compensar automaticamente a queda de tensão decorrente da abertura da linha de transmissão, porém o desempenho no momento da ocorrência ficou aquém do previsto nos modelos matemáticos fornecidos pelos agentes e testados em simulações pelo ONS”, afirma o comunicado.
A falha nos equipamentos causou um desbalanceamento no sistema elétrico, que levou a uma queda de tensão generalizada. O ONS encaminhou na noite de segunda-feira (25) aos agentes a minuta do Relatório de Análise de Perturbação (RAP), apontando a principal causa raiz do problema.
“As providências vão desde ajustes em proteções, passando por problemas na comunicação com os agentes no momento da recomposição, até a validação dos modelos matemáticos de todos os geradores eólicos e fotovoltaicos, entre outras”, afirma o operador.
O regulador de tensão deveria ter respondido ao incidente em um tempo de 15 a 20 milissegundos, mas levou 50 a 100 milissegundos. Isso causou uma queda na tensão, que as usinas eólicas e solares não conseguiram compensar.
A partir desses dois eventos, houve uma série de desligamentos de linhas de transmissão, primeiro no Nordeste e depois no restante do país. O apagão causou a interrupção de 23.368 MW, cerca de 34,5% da carga total do país naquele momento.