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O número de casos de dengue nas duas primeiras semanas de 2024 mais que dobrou em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Neste ano, foram registrados 55.859 casos prováveis de dengue no país, resultando em seis mortes por complicações da doença. A incidência de casos em 2024 é de 27,5/100 mil habitantes. No mesmo período de 2023, foram contabilizados 26.801 casos, com 17 mortes.
O Espírito Santo apresentou a maior incidência de registros no país, com 4.702 casos para cada 100 mil habitantes e 98 mortes, 16 vezes mais que em 2022. Minas Gerais, São Paulo e Paraná são os estados mais críticos, com 14.275, 9.856 e 8.388 casos, respectivamente. O aumento nos casos está relacionado às variações climáticas.
A maioria dos estados espera receber a vacina contra a dengue no próximo mês, mas o Ministério da Saúde alertou que são poucas doses, suficientes para imunizar pouco mais de 3 milhões de pessoas. A aplicação será concentrada em crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos, conforme orientação da Organização Mundial de Saúde.
Na próxima semana, as autoridades de saúde anunciarão quem terá prioridade dentro desse grupo. A vacina não é recomendada para pessoas com mais de 60 anos. Enquanto a oferta de doses é limitada, a prevenção com a eliminação de água parada, principal foco do mosquito Aedes aegypti, é crucial.
O aumento nos casos ocorre em meio ao anúncio do governo de que o número de doses da vacina contra a dengue só será suficiente para imunizar no máximo 3 milhões de pessoas em 2024. Apesar de ser o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante na rede pública, o Brasil enfrenta o desafio de lidar com a escassez de doses. Considerada pelo Ministério da Saúde como a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil, a dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.