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O ex-atacante da seleção brasileira e do Santos, Robinho, de 40 anos, foi preso na noite desta quinta-feira após se entregar à polícia em uma cidade do litoral de São Paulo. A prisão ocorreu para cumprir no Brasil a condenação por estupro de uma mulher na Itália.
Horas após a presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Maria Thereza de Assis Moura, assinar um comunicado para a Justiça Federal cumprir a prisão de forma imediata, Robinho se entregou às autoridades. O mandado de prisão foi expedido pela Justiça Federal de Santos logo após receber o ofício do STJ.
Os advogados do ex-jogador tentaram reverter a decisão com um habeas corpus no Superior Tribunal Federal (STF), buscando que Robinho aguardasse os recursos do processo em liberdade. No entanto, o ministro Luiz Fux negou o pedido.
A homologação da pena no Brasil foi determinada pelo STJ em uma sessão da Corte Especial realizada em Brasília na última quarta-feira. A decisão, que teve 9 votos a favor e 2 contra, determinou que a sentença dada na Itália fosse cumprida no Brasil, resultando na prisão imediata de Robinho.
A defesa agora trabalha com um embargo de declaração no STJ, contestando pontos do acórdão, e planeja recorrer com um recurso extraordinário no STF, processo que tende a ser mais demorado.
O crime pelo qual Robinho foi condenado ocorreu em 2013 contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão, de acordo com os autos do processo. A condenação foi confirmada em três instâncias na Itália e transitou em julgado, o que significa que não há mais recursos possíveis no Judiciário italiano.