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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a melhoria na comunicação governamental junto à população, aliada à queda dos preços dos alimentos, deve contribuir para o aumento da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (26), o ministro comentou sobre a pesquisa recente que indicou um declínio na popularidade do presidente em vários estados.
“Quem governa, governa sabendo o que está fazendo. Nem pode ficar entusiasmado quando a pesquisa vem boa, nem pode ir para debaixo da cama e ficar deprimido quando a pesquisa vem ruim. No caso de um ou outro, a pessoa precisa identificar o que precisa melhorar e trabalhar. E, eventualmente, melhorar a sua comunicação, porque a avaliação é também a percepção [da população] do que [o governo] está fazendo”, disse o ministro.
O ministro ressaltou a necessidade de “aperfeiçoar a comunicação e fazer com que as pessoas tenham conhecimento do conjunto de ações do governo”. Ele apontou que oscilações nos preços de alimentos impactam diretamente na popularidade governamental globalmente e defendeu um diálogo eficaz com os setores produtivos.
A expectativa de uma safra que contribua para a diminuição dos preços alimentares até o meio do ano é um dos fatores que Rui Costa avalia como positivos para as projeções futuras de popularidade do governo. “Isso tudo vai contribuir: melhoria na comunicação e melhoria dos cenários de preços devem ter uma repercussão positiva nos próximos meses da avaliação do governo”, afirmou ele.
Costa também esclareceu declarações anteriores onde mencionou “intervenção” para regulagem de preços, elucidando que se referia à busca de medidas para conter aumentos exacerbados, e não à imposição de controle de preços. “Eu não acredito nesse modelo e nunca propus isso. Apenas, naquele momento, usei uma palavra proibida para expressar que, naquele momento, o governo estava estudando medidas”, explicou.
Segundo a pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgada na terça-feira (25), a gestão de Lula é vista como ruim ou péssima por 44% dos entrevistados, assinalando o pior índice em seus três mandatos. O percentual de avaliação positiva é de 28,7%, enquanto 26,3% avaliam a gestão como regular. Esta é a primeira vez na história do levantamento da CNT que a avaliação negativa supera a positiva. A pesquisa incluiu 2.002 entrevistas em 137 municípios, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
