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Terapias com células-tronco: nem tudo que reluz é ouro! Atenção atletas e quem sofre com problemas musculoesqueléticos e de pele: nem todas as terapias com células-tronco são iguais! Um estudo recente da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD) revelou que duas das opções mais comuns, o concentrado de aspirado de medula óssea autólogo (BMAC) e a fração vascular estromal derivada do tecido adiposo (ADSVF), na verdade contêm tipos completamente diferentes de células.
A pesquisa, publicada na revista Science Advances em 12 de julho de 2024, desafia a crença popular de que “uma única célula pode curar tudo” na área da terapia com células-tronco ortopédica. Os resultados indicam a necessidade urgente de uma caracterização mais rigorosa e detalhada dessas terapias antes que sejam amplamente utilizadas em pacientes.
Desvendando as diferenças:
A equipe da UCSD, liderada pelo Dr. Sam Ward e pelo Dr. Severin Ruoss, analisou amostras de BMAC e ADSVF coletadas dos mesmos indivíduos. Apesar de serem comercializadas como equivalentes e usadas para tratar diversas condições, como lesões ligamentares e osteoartrite, as duas terapias apresentaram composições celulares bem distintas.
- BMAC: Rico em glóbulos vermelhos e brancos, com baixíssimas concentrações de células-tronco mesenquimais (CTMs), as células-chave para a regeneração tecidual.
- ADSVF: Composto principalmente por células do tecido conjuntivo, mas sem tipos comparáveis de “células-tronco” ao BMAC.
Falta de ingredientes ativos:
Surpreendentemente, os pesquisadores não encontraram proteínas essenciais para a regeneração em quantidades suficientes em nenhuma das terapias. Isso levanta dúvidas sobre seus mecanismos de ação e eficácia geral.
O que isso significa?
- Cuidado com promessas exageradas: A indústria de células-tronco, estimada em US$ 11,9 bilhões, nem sempre é transparente sobre os reais benefícios dos seus produtos. É crucial consultar um médico especialista antes de considerar qualquer terapia com células-tronco.
- Mais pesquisas são necessárias: Cientistas precisam aprofundar seus conhecimentos sobre os ingredientes ativos das terapias com células-tronco e definir doses clinicamente eficazes.
- Padronização é fundamental: O campo precisa avançar para terapias celulares mais padronizadas, com concentrações de células e proteínas cuidadosamente quantificadas.
Tome decisões informadas:
Este estudo serve como um alerta importante para pacientes e profissionais de saúde. As terapias com células-tronco ainda estão em desenvolvimento e nem todas as opções são seguras e eficazes. Converse com seu médico sobre os riscos e benefícios potenciais antes de tomar qualquer decisão.