Economia

Real digital amplia inclusão financeira e diminui custos, defende diretor do BC

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Nesta quinta-feira (29), o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central (BC), João Manoel Pinho de Mello, disse que o real digital pode ampliar a inclusão financeira e diminuir custos [e tempo] de pagamentos.

Para ele, o CBDC (Central Bank Digital Currency, a moeda digital do Banco Central) precisa ter um desenho capaz de proporcionar maiores eficiência e transparência para as transações no sistema do financeiro, beneficiando o comércio e os consumidores.

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As declarações foram feitas no seminário virtual “Potenciais do real em formato digital“, do Banco Central.

Pinho de Mello disse que a discussão do real digital está sendo feita internamente no BC há “algum tempo“. A autoridade monetária lançou as diretrizes em maio.

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“Segundo definição do Banco da Inglaterra, ‘uma moeda digital do banco central seria uma forma eletrônica de dinheiro do Banco Central que poderia ser usada por famílias e empresas para fazer pagamentos‘”, disse o diretor. 

De acordo com ele, a moeda digital brasileira terá 3 funções principais: reserva de valor; unidade de conta; meio de pagamento.

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Pinho de Mello ponderou que os ganhos da criação do real digital devem superar os riscos e custos da adoção da tecnologia no país.

“Não existe um padrão definido ou um modelo a ser seguido. Além disso, pensando numa possível interação entre CBDCs de várias jurisdições, fica evidente a necessidade de uma coordenação, para que essas moedas possam ser trocadas num cenário de aumento de eficiência e conveniência, com um nível de fricção significativamente menor do que aquele que existe atualmente para os pagamentos transfronteiriços“, afirmou o diretor do BC.

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Ele citou ainda que há ganhos com diminuição do custo de produção e de logística do papel moeda. “Hoje, o celular se tornou peça fundamental nos pagamentos, trazendo novos termos para nosso cotidiano, como ‘QR Code’ ou ‘pagamento por aproximação’. Nessas condições, em um ambiente no qual a população usa crescentemente os pagamentos digitais, e as tecnologias avançam no provimento de soluções seguras e customizadas, temos a oportunidade de debater o assunto de CBDC como ferramenta complementar, para trazer mais eficiência e inclusão“, disse.

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