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O Brasil registrou saldo recorde de US$ 61 bilhões em 2021 nos últimos 12 meses, um aumento de 21,1% na comparação com o ano anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (3) pela Secretaria de Comércio Exterior.
O resultado superou o recorde de US$ 56 bilhões de 2017.
“A rápida recuperação da demanda e severos gargalos de oferta pressionaram os preços de várias commodities e contribuíram para o crescimento da inflação mundial. Neste cenário de preços de commodities mais elevados, países como o Brasil tiveram suas exportações impulsionadas em nível recorde, com ganhos de bem-estar provenientes de aumento dos termos de troca”, diz o relatório da Secretaria de Comércio Exterior.
No mês de dezembro do ano passado, as exportações somaram US$ 24,366 bilhões e as importações, US$ 20,418 bilhões, com saldo positivo de US$ 3,948 bilhões e corrente de comércio de US$ 44,784 bilhões.
No ano, as exportações também registraram recorde de US$ 280,4 bilhões, alta de 34% em relação ao ano anterior, superando o recorde de US$ 253,7 bilhões de 2011.
Importação – US$ 219,4 bilhões
A importação cresceu 38,2% em relação ao ano anterior e apresentou o maior valor desde 2014, quando foi de US$ 230,8 bilhões. Foi o 5º maior valor para as importações. O maior valor importado foi o de 2013, de US$ 241,5 bilhões.
Principais características dos resultados
Exportação
•Crescimento de preços (28,3%) e quantidades exportadas (3,5%).
• Crescimento das exportações principalmente para EUA (44,9%), Mercosul (37%),
ASEAN (36,8%), UE (32,1%), China (28%).
• 26,3% de aumento da exportação de bens da indústria de transformação (aço
semiacabado, 101,3%; óleos combustíveis, 43,7%; ferro gusa, 36%; máquinas e
equipamentos para engenharia e construção, 63,7%; automóveis de passageiros,
20,8%).
• 62,4% de crescimento das vendas de produtos da indústria extrativa (minério de
ferro, 72,9%; petróleo, 54,3%). 22,2% de crescimento da exportação de produtos
agropecuários (principalmente soja, com 35,3% de aumento).
Importação
•Crescimento de preços (14,2%) e quantidades importadas (21,8%).
• Crescimento das importações principalmente oriundas do Mercosul (44,7%), EUA
(41,3%), China (36,7%), ASEAN (31,1%), UE (26,2%).
• Aumento da demanda por insumos e produtos intermediários de 45,7% (insumos
agrícolas, eletroeletrônicos, petroquímicos, etc.).
• Maior importação de medicamentos, 77,1%, especificamente vacinas.
• Maior importação de combustíveis, crescimento de 87,1% e energia elétrica,
aumento de 89%.