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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acelerou para 0,67% em junho, após ter registrado alta de 0,47% em maio. Trata-se da maior taxa para um mês de junho desde 2018, quando ficou em 1,26%.
O dado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (08).
No ano, a inflação acumulada é de 5,49% – a maior no acumulado nos 6 primeiros meses do ano desde 2015 (6,17%). Em 12 meses, também acelerou para 11,89%, contra os 11,73% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Com o resultado, já são 10 meses seguidos com a inflação anual rodando acima dos dois dígitos e num patamar mais de duas vezes acima do teto da meta oficial para 2022.
O resultado veio um pouco abaixo do esperado. Levantamento do Valor Data com 40 instituições financeiras e consultorias estimava um avanço de 0,71% na taxa de junho e uma alta de 11,92% no acumulado em 12 meses.
“O resultado foi influenciado pelo aumento nos preços dos alimentos para consumo fora do domicílio (1,26%), com destaque para a refeição (0,95%) e o lanche (2,21%). Nos últimos meses, esses itens não acompanharam a alta de alimentos nos domicílios, como a cenoura e o tomate, e ficaram estáveis. Assim como outros serviços que tiveram a demanda reprimida na pandemia, há também uma retomada na busca pela refeição fora de casa. Isso é refletido nos preços”, destacou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Apesar de menor do que a taxa registrada em abril, a inflação acumulada em 12 meses é a maior para um mês de junho desde 2003, quando ficou em 16,57%.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços em junho.
A maior variação foi do grupo Vestuário, com alta de 1,67%. Já o maior impacto veio de Alimentação e bebidas (0,80%), que respondeu por 0,17 ponto percentual do IPCA do mês.
Confira a inflação de junho para cada um dos grupos pesquisados:
- Alimentação e bebidas: 0,80%
- Habitação: 0,41%
- Artigos de residência: 0,55%
- Vestuário: 1,67%
- Transportes: 0,57%
- Saúde e cuidados pessoais: 1,24%
- Despesas pessoais: 0,49%
- Educação: 0,09%
- Comunicação: 0,16%