O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou deflação de 0,44% na terceira leitura de julho, vindo de uma inflação de 0,24% na imediatamente anterior, a segunda do mês, e acumulando alta de 8,82% nos últimos 12 meses, relata a Fundação Getulio Vargas (FGV) em relatório.
De acordo com o coordenador da FGV, Paulo Picchetti, o resultado não é surpresa e, em geral, é efeito da redução do ICMS sobre combustíveis e energia. “A única exceção importante são passagens áreas 4,65% para -6,92%, com redução sazonal devido ao final das férias”, disse ele ao jornal o Estado de S. Paulo.
A respeito da queda apurada no IPC-S na terceira quadrissemana de julho, o coordenador calcula que sozinha a gasolina (-3,59% para -8,61%) teve impacto de 0,59 ponto porcentual negativo na variação, enquanto etanol (-8,00% para -9,83%) e energia elétrica (-2,29% para -3,51%) impactaram em -0,07 ponto e -0,14 ponto, respectivamente. “A gasolina explica sozinha mais do que o total de deflação que tivemos”.
Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (1,16% para -1,31%), Habitação (-0,07% para -0,37%) e Alimentação (1,64% para 1,50%).
Nessas classes de despesa, a FGV destaca o comportamento dos itens: passagem aérea (4,65% para -6,92%), tarifa de eletricidade residencial (-2,29% para -3,51%) e restaurantes (1,13% para 0,77%).
Em compensação, os grupos Comunicação (-0,65% para -0,18%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,23% para 0,25%) e Despesas Diversas (0,26% para 0,28%) apresentaram avanço em suas taxas de variação.
O que é Deflação
Deflação é o processo inverso da inflação. Ou seja, a deflação ocorre quando os índices de preços de uma economia passam a cair ao invés de subir.
