Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
O endividamento bruto brasileiro continuou em trajetória de queda em proporção do PIB em agosto. Os dados sobre a economia brasileira foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (30).
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) fechou o mês de agosto aos R$ 7,231 trilhões, o que representa 77,5% do PIB, aponta o BC
Essa foi a 4ª queda seguida. O pico foi alcançado em fevereiro de 2021 (89%) após o impacto nas contas públicas da pandemia.
No melhor momento da série histórica, em dezembro de 2013, a dívida bruta do país chegou a 51,5% do PIB, segundo o Banco Central.
A Dívida Bruta do Governo Geral é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do Brasil. Quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
O BC também anunciou que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 57,8% para 58,2% do PIB brasileiro entre julho e agosto.
A Dívida Líquida do Setor Público atingiu R$ 5,435 trilhões, segundo o Banco Central.
A dívida líquida apresenta valores menores, de acordo com o Banco Central, que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.
De acordo com o BC, o setor público consolidado, ou seja, Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras, voltou a apresentar déficit primário em agosto, após 2 meses no azul.
Em agosto, o rombo primário foi de R$ 30,279 bilhões, o pior resultado para o mês desde 2020: déficit de R$ 87,593 bilhões, no auge da pandemia do novo coronavírus.
Em julho, ele já havia sido registrado superávit de 20,440 bilhões e, no 8º mês de 2021, o saldo positivo foi de R$ 16,729 bilhões.
O resultado fiscal de agosto foi composto por um déficit de R$ 49,773 bilhões do Governo Central.
Ainda de acordo com o BC, os governos regionais influenciaram o resultado positivamente com R$ 18,524 bilhões no mês.
Estados registraram um déficit de R$ 4,404 bilhões e os municípios um resultado positivo de R$ 22,929 bilhões.
As empresas estatais registraram dado superavitário de R$ 970 milhões, de acordo com o BC.
No acumulado de janeiro a agosto, as contas públicas registraram um superávit primário de R$ 120,056 bilhões, segundo o Banco Central.
Nos 8 primeiros meses do ano passado, houve um superávit de R$ 1,2 bilhão.
O bom desempenho das contas públicas ajuda o Governo Bolsonaro a atingir a sua meta fiscal para o ano. Um déficit de até R$ 177,490 bilhões.