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Em entrevista nesta segunda-feira (03) ao site lulista Brasil 247, o ministro da Fazenda de Lula, Fernando Haddad (PT), chamou de “anômala” a taxa de juros praticada atualmente no Brasil.
Na conversa, o ex-prefeito de São Paulo foi perguntado sobre como ele vê o papel do Banco Central (BC) na economia brasileira, e de acordo com ele, é “fora de propósito” a atual taxa de juro em relação à inflação do país.
“Então você tem um mundo onde você tem uma taxa de inflação menor que EUA e Europa, só que nós estamos com a taxa de juros maior do planeta, a taxa de juros real. Então olha o paradoxo que nós estamos vivendo. É uma situação completamente anômala, uma inflação comparativamente baixa, e uma taxa de juros real fora de propósito para uma economia que já vem desacelerando, só não diz isso aquele que quer mal informar a população, ela já vinha se desacelerando”, disse o petista.
Em seguida, o ministro da Fazenda foi questionado sobre a sua relação com o presidente do BC, Roberto Campos Neto.
De acordo com Haddad, o aumento nos gastos públicos no último ano do governo Bolsonaro promoveu o aumento dos juros no Brasil.
“Eles sabem disso, eles fazem isso o dia todo, mas o problema é que não entendo porque isso não vem a luz com a clareza que deveria, o custo que a farra eleitoral produziu. Nós tivemos uma farra eleitoral um presidente fadado ao fracasso, desesperadamente buscou sua reeleição. E produziu uma expansão do gasto, das isenções, que veio acompanhado de um brutal aumento da taxa de juros, que saiu de 2%, para 13,75%.”, completou.
Ainda durante a conversa, Haddad afirmou que irá apresentar um plano do ministério para Lula, com metas a curto, médio e longo prazo.
Haddad disse também que pretende, no fim de abril, enviar ao Congresso Nacional a nova proposta de arcabouço fiscal e a reforma tributária.