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A Justiça do Rio de Janeiro bloqueou a transferência de valores de um negócio de R$ 252 milhões fechado na semana passada na B3. A decisão foi tomada pela suspeita de que o empresário condenado Eike Batista possa ser o beneficiário oculto de uma transação de compra e venda de títulos.
De acordo com o jornal O Globo, o caso se trata da venda no mercado secundário de uma participação (em forma de royalties) no Porto Sudeste, uma empresa originalmente criada por Eike Batista, mas que hoje tem o seu controle dividido entre Mubadala e Trafigura.
O administrador judicial da massa falida da MMX, Bruno Rezende, pediu ao juiz Paulo Assed, da 4ª Vara Empresarial do Rio, que fosse sustada a transferência dos valores da transação de venda das cotas do Fundo Porto Sudeste Royalties Fundo de Investimentos em Participações em Infraestrutura.
O motivo seria que o administrador judicial quer saber quem são os beneficiários do negócio. Se for Eike Batista, o valor terá que ser encaminhado à massa falida, que é o acervo do ativo e passivo de bens e interesses do falido, que passam a ser administrados pelo síndico.
A suspeita é que parte desses R$ 252 milhões possa ser de Eike Batista, por meio de fundos com sede no Panamá.