Economia

Agência de risco Mantém Nota de Crédito do Brasil e Altera Perspectiva para Positiva

(Montagem/Gazeta Brasil)

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A agência de classificação de risco Moody’s anunciou nesta quarta-feira (1º) a decisão de manter a nota de crédito do Brasil no nível Ba2, porém, modificou a perspectiva da avaliação de “estável” para “positiva”. Essa alteração marca a primeira movimentação da agência desde 2018, quando houve uma mudança de perspectiva de negativa para estável.

De acordo com essa classificação, o Brasil permanece dois graus abaixo do piso de “Baa3″, a partir do qual um país é considerado grau de investimento pela agência. Com a perspectiva positiva, a Moody’s sinaliza a possibilidade de elevar a nota de crédito no futuro.

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Em seu comunicado, a agência destaca a melhora na perspectiva de crescimento do país, atribuída às “reformas estruturais”.

“A Moody’s avalia que as perspectivas para o crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil são mais robustas do que nos anos pré-pandêmicos, como consequência da implementação de reformas estruturais em vários governos, bem como pela presença de barreiras institucionais que reduzem a incerteza sobre a direção futura das políticas públicas”, declarou o texto.

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A expectativa sobre uma possível revisão na nota ou perspectiva brasileira ainda nesta semana foi antecipada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva na noite de terça-feira (30). Ele mencionou que, além da Moody’s, a Fitch também está prestes a finalizar um relatório.

Segundo a agência, a mudança de perspectiva para positiva baseia-se na avaliação de que um crescimento mais robusto, combinado com progressos graduais em direção à consolidação fiscal, pode estabilizar o peso da dívida brasileira.

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No entanto, o comunicado enfatiza que existem “riscos” para a continuidade da execução da consolidação fiscal pelo governo.

“A afirmação do rating Ba2 está baseada na força fiscal ainda relativamente fraca do Brasil, dado o nível elevado de endividamento do país e sua fraca capacidade de pagamento da dívida, que permanece sensível a choques econômicos ou financeiros”, avaliou a Moody’s.

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Após o anúncio da agência, Haddad expressou satisfação com a avaliação de perspectiva e atribuiu o resultado ao “trabalho conjunto dos três poderes”.

“A Moody’s acompanhou as outras agências de risco ao reconhecer a mudança para melhor das nossas perspectivas econômicas. Isso tem a ver com o trabalho conjunto dos três poderes, que colocaram os interesses do país acima de divergências superáveis. Mesmo com a deterioração momentânea da economia global, o Brasil caminha e recupera credibilidade econômica, social e ambiental. Temos muito a fazer”, comentou.

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Segundo a agência, além da perspectiva, a classificação soberana do Brasil seria elevada se o governo se mostrasse bem-sucedido na melhoria constante do saldo primário e dos déficits fiscais globais, o que aumentaria a credibilidade da política fiscal. Isso, por sua vez, apoiaria a redução do prêmio de risco soberano e os custos de empréstimos para o governo, concluiu a empresa em comunicado.

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