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Os analistas do mercado financeiro aumentaram a estimativa de inflação para este ano pela oitava semana consecutiva, passando de 3,98% para 4%. As projeções, baseadas em uma pesquisa com mais de 100 instituições financeiras, estão no relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo Banco Central (BC).
A última vez que o mercado financeiro previu inflação acima de 4% para este ano foi em 15 de junho de 2023.
Assim, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 continua se afastando da meta central, mas permanece abaixo do teto estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Para 2025, a estimativa de inflação subiu de 3,85% para 3,87% na última semana, marcando a nona alta consecutiva. A meta de inflação para o próximo ano é de 3%, e será cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
O BC está mirando na meta de inflação do ano que vem, assim como no período de 12 meses até meados de 2025, ao definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente as que recebem salários menores, pois os preços dos produtos aumentam sem que os salários acompanhem esse crescimento.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado permaneceu estável em 2,09%. O PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, serve para medir a evolução da economia. Para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro caiu de 2% para 1,98%.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, após sete reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia continuou em 10,50% ao ano, indicando que não haverá mais reduções da taxa Selic neste ano.
Para o fim de 2025, o mercado financeiro manteve sua expectativa de 9,50%, o que sugere que os economistas ainda esperam cortes de juros no próximo ano.
A projeção para a taxa de dólar para o fim de 2024 subiu de R$ 5,15 para R$ 5,20. Para o fim de 2025, a estimativa avançou de R$ 5,15 para R$ 5,19.
Para a balança comercial, a projeção de superávit caiu de US$ 81,8 bilhões para US$ 81,6 bilhões em 2024. Para 2025, a expectativa de saldo positivo ficou estável em US$ 76 bilhões.
A previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano permaneceu em US$ 70 bilhões. Para 2025, a estimativa de ingresso subiu de US$ 73 bilhões para US$ 74 bilhões.