Economia

Após tombo histórico, bolsa de Tóquio dispara e fecha com alta de 10%

Foto: DavidRockDesign/Pixabay

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Após uma segunda-feira marcada por quedas generalizadas nas bolsas mundiais, os mercados iniciaram o pregão desta terça-feira (6) com movimentos mistos. Parte das bolsas vivencia uma correção das perdas da véspera, enquanto outras continuam caindo.

Na Europa, onde os mercados abrem nas primeiras horas da manhã (horário de Brasília), os mercados operam com volatilidade e sem uma direção única. O Stoxx 600, que reúne 600 empresas listadas entre 17 países do continente, oscilava entre altas e baixas e, às 07h40, caía 0,06%. No mesmo horário, os índices DAX e FTSE 100, da Alemanha e Inglaterra, respectivamente, subiam 0,27% e 0,15%. Na contramão, o CAC 40, da França, caía 0,19%, enquanto o IBEX 35, da Espanha, recuava 0,30%.

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No Japão, o Nikkei 225, principal índice acionário da bolsa de valores de Tóquio, fechou o dia com uma alta de 10,23%. Ontem, esse foi o índice que mais caiu, com uma baixa de 12,4%, a segunda maior queda percentual da história do país.

As baixas registradas globalmente ontem foram influenciadas, sobretudo, pelos temores de uma recessão econômica iminente nos Estados Unidos, após dados do mercado de trabalho mais fracos que o esperado. No Japão, as ações despencaram também devido à valorização do iene contra o dólar, após o Banco Central elevar suas taxas de juros pela segunda vez em 17 anos. Com o iene mais forte, as exportações japonesas ficam mais caras para compradores estrangeiros, o que é prejudicial para as empresas.

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Após um pregão com quedas tão expressivas, é comum que o mercado realize um movimento conhecido como correção dos preços, em que investidores aproveitam os valores mais baixos das ações para investir a um preço mais atrativo, valorizando a bolsa como um todo.

Na Ásia e na Oceania, onde os mercados já fecharam, a maioria das principais bolsas subiu nesta terça, exceto Hong Kong. Em Taiwan, o índice Taiex subiu 3,38%, após uma queda de 5,7% na véspera; em Hong Kong, o Hang Seng continuou a cair, registrando uma baixa de 0,31%; na Austrália, o S&P/ASX200 avançou 0,41%, contra uma queda de 1,3% ontem; e na Coreia do Sul, o Kospi subiu 3,3%, quase igualando as perdas de 3,4% da segunda-feira.

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Na última sexta-feira, o payroll, um dos principais relatórios de emprego dos Estados Unidos, reportou a criação de 114 mil vagas não agrícolas em julho, bem abaixo das 175 mil vagas esperadas pelo mercado financeiro. Esses números se somaram a outro dado de emprego divulgado na quinta-feira, que mostrou um aumento de 14 mil pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana passada, totalizando 249 mil, contra 236 mil projetados pelo mercado.

Os números sugerem um enfraquecimento no mercado de trabalho americano, embora os pedidos de auxílio-desemprego tendam a ser voláteis nesta época do ano. Os sinais recentes de desaceleração da atividade reforçam a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) inicie um ciclo de flexibilização monetária em setembro. Os números do mercado de trabalho que frustraram as expectativas vieram apenas dois dias após o Fed decidir manter suas taxas de juros inalteradas por, pelo menos, mais 45 dias. Atualmente, elas estão entre 5,25% e 5,50%, e participantes do mercado acreditam que um ciclo de cortes deve começar em setembro.

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Juros altos encarecem o crédito e financiamento para pessoas e empresas, o que tende a diminuir o consumo da população e frear os investimentos das companhias em seu próprio crescimento, afetando ainda mais o mercado de trabalho. Segundo César Garritano, economista-chefe da SOMMA Investimentos, há uma percepção de que o Fed possa ter “dormido no ponto” quanto ao momento de iniciar os cortes nos juros e como se posicionar em seus comunicados.

Além disso, algumas das maiores empresas do mundo, como a Amazon e a Intel, reportaram recentemente resultados que frustraram os investidores. A Amazon teve resultados considerados mistos: a receita foi de US$ 148 bilhões, abaixo das estimativas de US$ 148,8 bilhões, mas o lucro por ação surpreendeu positivamente, com US$ 1,26 por ação. As projeções da empresa para os próximos trimestres, no entanto, desagradaram. A empresa espera uma receita entre US$ 154-158 bilhões, ante uma expectativa de US$ 158,4 bilhões, e um lucro operacional entre US$ 11,5-15 bilhões, quando o mercado apontava para US$ 15,7 bilhões.

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A Intel reportou resultados negativos, com suas ações caindo mais de 20% nos pré-mercados. As principais surpresas negativas vieram da receita, que foi de US$ 12,8 bilhões contra os US$ 12,9 bilhões projetados, e do lucro por ação, que foi de US$ 0,02 contra os US$ 0,10 esperados. A Intel anunciou a suspensão dos dividendos devido aos resultados negativos, impactados pelas vendas fracas da empresa de semicondutores, que tem perdido espaço de mercado para concorrentes como a Nvidia.

Os resultados das empresas levantam um sinal de alerta de que os juros altos podem estar pesando sobre os negócios, impactando a economia como um todo.

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