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O mercado financeiro elevou suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que mede a inflação oficial do Brasil, passando de 4,50% para 4,55%. Os dados foram apresentados no relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (28), pelo Banco Central (BC), a partir da análise de mais de 100 especialistas consultados semanalmente.
Esse aumento coloca o índice acima do limite estabelecido pela meta de inflação para 2024, que é de 3%, com uma variação aceitável de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Para 2025, a projeção do IPCA subiu de 3,99% para 4%, enquanto as previsões para 2026 e 2027 se mantiveram em 3,60% e 3,50%, respectivamente.
Atualmente, o IPCA está em 4,42% no acumulado dos últimos 12 meses até setembro, tendo registrado um crescimento de 0,44% em setembro, impulsionado principalmente pelo aumento de 5,36% nos preços da energia elétrica.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu que a inflação deverá se manter dentro da meta para 2024, afirmando que “no acumulado do ano, estamos entendendo que a inflação deve ficar dentro da meta”.
A taxa básica de juros, a Selic, permanece em 11,75% ao ano, inalterada pela quarta semana consecutiva. Economistas projetam que a Selic subirá para 11,75% ao ano até o final de 2024, com expectativa de aumentos nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), marcadas para os dias 5 e 6 de novembro.
A previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano também aumentou pela terceira semana consecutiva, passando de 3,05% para 3,08%. As expectativas do mercado financeiro estão se aproximando das estimativas da Secretaria de Política Econômica (SPE) e do Banco Central, que preveem um crescimento de 3,2% em 2024. Para 2025 e 2026, as previsões permanecem em 1,93% e 2%, respectivamente.
Além disso, o relatório Focus apresentou estimativas sobre a taxa de câmbio, com a projeção do dólar subindo de R$ 5,42 para R$ 5,45 até o fim deste ano. Para 2025, o valor se mantém em R$ 5,40, enquanto a previsão para 2026 passou de R$ 5,30 para R$ 5,33.
Em relação à balança comercial, o superávit projetado caiu de R$ 78 bilhões para R$ 77,95 bilhões para 2024, mas a expectativa para 2025 cresceu de R$ 76,09 bilhões para R$ 76,8 bilhões, com a previsão para 2026 mantendo-se em R$ 79 bilhões e para 2027 aumentando de R$ 80 bilhões para R$ 80,11 bilhões.